quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Saneamento básico ainda é motivo de morte no Brasil

Contagem ocupa 22ª posição em ranking nacional que relaciona internações e falta de saneamento básico.
Pesquisa envolveu os 100 maiores municípios brasileiros
Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que 88% das mortes por diarreia no mundo são causadas pelo saneamento inadequado.
A Unicef , por sua vez, demonstra que essa é a segunda maior causa de mortes entre crianças de 0 a 5 anos. Estima-se que, a cada ano, 1,5 milhão de crianças nessa idade morram vítimas de doenças diarreicas.
Juntando A e B com dados do Sistema Único de Saúde – SUS, o Instituto Trata Brasil realizou um estudo para relacionar o quanto a saúde da população brasileira é afetada pelo saneamento básico inadequado.
A pesquisa abrange os 100 maiores municípios brasileiros, dados de 2008 a 2011 (em alguns casos 2012).
Segundo a pesquisa, em 2011, 396.048 pessoas deram entrada no SUS com doenças diarreicas. Desse total, 54.399 vivem nos 100 maiores municípios do país. Em quase metade desses municípios (49%) não foi verificada nenhuma tendência clara de melhoria do saneamento básico, nem do número de internações.
Do total de internações, metade são crianças de 0 a 5 anos, justamente a faixa etária mais fragilizada pela falta de saneamento básico, sendo que em algumas cidades essa taxa chega a mais de 70% como é o caso de Duque de Caxias (RJ), Juazeiro do Norte (CE), Macapá (AP), Feira de Santana (BA), Belém (PA), Porto Velho (RO) e Manaus (AM).
Os gastos do SUS com internações por diarreia, relativos a 2011, foram de R$ 140 milhões e os municípios que mais gastaram foram justamente aqueles com piores indicadores de saúde e de saneamento básico.
Contagem
Entre os maiores municípios mineiros, Contagem (22ª colocada no ranking nacional) só fica em situação pior que a de Betim (10ª colocada). Evidência da necessidade de continuar o programa de saneamento dos córregos da cidade, retomado e ampliado na gestão Marília Campos.
Acesse o site do Instituto Trata Brasil.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Balanço: 50 mil pessoas tiveram direitos violados durante a ditadura

A Comissão Nacional da Verdade foi criada
pela Lei 12528/2011 e instituída em 16 de
maio de 2012.
Relatório final da CNV será concluído em 2014
Levantamento da Comissão Nacional da Verdade – CNV, divulgado ontem indica um total de 50 mil pessoas atingidas de alguma maneira pela repressão durante a ditadura (1964-1985). Esse número inclui presos, exilados e torturados, além de familiares que perderam parentes e pessoas que sofreram algum tipo de perseguição.
Dados preliminares indicam que o registro de jornalistas assassinados pela ditadura deve aumentar. Atualmente são 16 os casos registrados e pode subir em mais 24.
São páginas de nosso obscuro passado político que, aos poucos, vão sendo expostas.
O relatório final da CNV deve ser entregue à presidenta Dilma Rousseff até dia 16 de maio do ano que vem.
Acesse o site da Comissão Nacional da Verdade – CNV.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Brizola Neto anuncia novas regras para a concessão de registro sindical

O Ministro Brizola Neto, anunciou novas
regras para concessão do registro sindical.
Mas sindicato é concessão estatal?
Foto: Renato Alves/MTE
Objetivo é dar maior transparência ao processo de concessão e acabar com as fábricas de sindicatos no país
O principio da “unicidade sindical”, ferreamente defendido por alguns setores do chamado trabalhismo, não impediu que a organização de sindicatos no Brasil virasse uma bagunça.
O instituto da unicidade proíbe, como se sabe, o estabelecimento de mais de um sindicato representativo por categoria profissional na mesma base territorial. A base territorial, por outro lado, não pode ser inferior a um município.
Esse monopólio da representação com a chancela do Estado resultou na pulverização das organizações sindicais em uma miríade de entidades devido ao aprofundamento da especialização do trabalho e o reconhecimento pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTE de mais e mais categorias profissionais.
Semana passada, por exemplo, o MTE anunciou o reconhecimento de 59 novas profissões. Entre elas estão baristas , DJs, musicoterapeutas, equoterapia, sommelier, e outros inclusos na Classificação Brasileira de Ocupações – CBO.
Para cada nova profissão, um novo sindicato municipal ou regional, uma federação, uma nova confederação e por ai vai, todos de olho no Imposto Sindical, também obrigatório, e que soma mais de R$ 1 bilhão ao ano (em 2011), às custas de um dia de serviço de cada trabalhador com carteira assinada. Como resultado, existem no Brasil 10.119 sindicatos de trabalhadores e 4.827 sindicatos de empregadores de acordo com as estatísticas do MTE. Nem todos regulares com suas obrigações legais.
De acordo com as informações divulgadas nesta terça-feira (26) pelo MTE, cerca de 940 entidade sindicais estão com registros irregulares. Entre as federações, o quadro é ainda mais preocupante: das 40 registradas, 23 estavam irregulares e foram suspensas. Existem, ainda, cerca de 2100 processos de registros aguardando análise e outros tantos ainda fora do sistema. Foram encontrados pedidos da década de 1990 ainda aguardando parecer.
Ao mesmo tempo que promete acelerar o andamento desses processos, o MTE diz vai endurecer as regras para criar novos sindicatos e dividir bases.
Serão exigidos documentos básicos que antes não eram pedidos, como a identificação dos responsáveis pelos requerimentos ou o registro em cartório de atas e estatutos das entidades e os  Conselhos Regionais do Trabalho passarão a decidir sobre casos em que a criação do sindicato seja posta em dúvida. Foi também adotada a certificação digital para todos os requerimentos ao Cadastro Nacional de Entidades Sindicais – CNES, garantindo assim que só os representantes legais das entidades podem alterar sua situação cadastral.
São boas notícias. Mas o problema principal permanece. Até quando teremos a malfadada “unicidade sindical”?
Acesse matéria sobre o assunto no site do  Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.

Rede Sustentabilidade faz primeiro encontro em Minas

A Rede, de Marina Silva, realiza no próximo sábado, 2 de março, seu primeiro encontro em Minas Gerais.
O proposito da reunião é organizar a campanha de coleta de assinaturas no estado para que o movimento consiga o registro como partido político. Também está prevista palestra apresentando o projeto.
O encontro será a partir das 13 horas, no Museu Inimá de Paula, Rua da Bahia 1201, em Belo Horizonte.
Recado dado.

Câmara Federal vai, enfim, acelerar fim do 14º e do 15º salários

O presidente da Câmara Federal
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)
Foto: J.Batista/Agência Câmara
Presidente da Câmara pretende votar projeto ainda esta semana
O Senado Federal aprovou em 27 de março do ano passado um Decreto Legislativo extinguindo o 14º e o 15º salários dos parlamentares.
Esses salários são travestidos de “ajuda de custo” no início e no final de cada ano e representam um gasto extra na ordem R$ 4,5 milhões ao ano com os 81 senadores e senadoras.
A implantação do decreto, entretanto, empacou na Câmara dos Deputados, onde está desde então aguardando para entrar na pauta.
De acordo com o noticiario de hoje, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pretende, enfim, colocar o projeto em votação ainda essa semana. A ver.
A  economia anual, no caso da Câmara, que reúne 513 parlamentares, deve chegar a R$ 27,4 milhões. No total, serão cerca de R$ 31,7 milhões a menos.
O projeto que extingue o 14º e o 15º salários dos parlamentares é de autoria de Gleisi Hoffman, senadora do PT do Paraná licenciada após assumir a Casa Civil.
A medida é importante. Considerado o segundo mais caro do mundo em estudo realizado pela Organização das Nações Unidas - ONU em parceria com a União Interparlamentar - UIP, o Congresso gasta, a cada quatro anos, R$ 127 milhões com esses benefícios.
É importante que essa medida se replique nas demais Casas Legislativas. Entre elas, a nossa Câmara Municipal de Vereadores.
Com informações do site Congresso em Foco.
Acesse matéria no site UOL a pesquisa realizada pela ONU sobre custos dos congressos nacionais.

Quase 80% dos pequenos negociantes estão otimistas em 2013

Os melhores resultados são esperados pelos pequenos negociantes do setor da Construção e pela Indústria
Enquanto a inflação da sinais de um recuo importante nos indicadores semanais, conforme mostra o noticiário econômico, o clima de otimismo vai se firmando entre empresários nacionais.
Tenho insistido muito na divulgação deste tipo de informe. É preciso dar combate a certo catastrofismo no que se refere às expectativas para o ano.
Desta vez a colaboração vem do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae.
Pesquisa divulgada ontem mostra que as micro e pequenas empresas brasileiras (justo as que mais empregam) permanecem otimistas neste início de 2013. Segundo a pesquisa, 78% dos empresários esperam ampliar ou manter o faturamento em janeiro, fevereiro e março.
O Sebrae ouviu 5,6 mil empreendimentos de todos os setores – Indústria, Comércio, Serviços e Construção Civil, entre microempreendedores individuais (com receita bruta de até R$ 60 mil por ano), microempresas (que faturam entre R$ 60 mil e R$ 360 mil por ano) e negócios de pequeno porte (com faturamento bruto anual entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões).
A tendência é de manutenção da boa expectativa para o resto do ano. O  Índice de Confiança dos Pequenos Negócios, divulgado mensalmente pelo Sebrae, é medido em uma escala que varia de 0 a 200. Acima de cem, indica tendência de expansão das atividades, enquanto abaixo desse valor aponta para uma possível retração. Em janeiro, o ICPN ficou em 117, o que representa tendência de crescimento.
Confira a matéria sobre o assunto no site do Sebrae.

Mais uma boa oferta de financiamento a projetos na praça

A Fundação Avina criou o o “Fondo Acelerador de Innovaciones Cívicas” com recursos de 1,6 milhões de dólares para apoiar iniciativas que promovam a redução da distancia entre movimentos cívicos e os recursos tecnológicos.
Serão priorizados investimentos para plataformas destinada ao monitoramento de indicadores de qualidade de vida, e-participação, governança e controle do orçamento público, impacto ambiental e outros.
A previsão é que o investimento seja realização ao longo de três anos e vale para iniciativas em qualquer país da América Latina.
Informações e inscrições no site da Fundação Avina, em espanhol.

O Mundo pós 2015

ONU faz pesquisa mundial para produzir agenda futura
Na sua opinião, quais seriam os seis assuntos mais importantes para a elaboração de políticas públicas no mundo a partir de 2015?
A Organização das Nações Unidas – ONU, quer saber.
Uma nova agenda mundial deverá ser elaborada a partir de 2015, quando vencerá o prazo para a realização dos chamados “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM”, fixados pela ONU no ano 2000 e endossados por 198 Estados membros.
O balanço dessa empreitada está por ser feito, mas o impulso gerado na busca dos ODMs parece haver culminado em uma pauta com 16 grandes temas.
A ONU agora quer saber a relevância desses temas para as pessoas. Está no ar uma pesquisa mundial chamada “Meu Mundo”. No site, as pessoas podem escolher seis entre esses 16 temas, ou sugerir outro.
Os resultados desta pesquisa serão compartilhados com os líderes mundiais que definirão a agenda de desenvolvimento global pós-2015. A meta é ampliar os resultados dos ODM, enfrentar as desigualdades que ainda persistirem e os novos desafios que afetam o planeta e a humanidade.
As 16 grandes bandeiras previstas pela ONU são:
  • Apoio às pessoas que não podem trabalhar;
  • Liberdades políticas;
  • Governo honesto e atuante;
  • Melhoria nos transportes e estradas;
  • Eliminação do preconceito e da discriminação;
  • Acesso ao telefone e à internet;
  • Melhoria dos serviços de saúde;
  • Proteção contra o crime e a violência;
  • Acesso à energia em sua casa;
  • Proteção a florestas, rios e oceanos;
  • Igualdade entre homens e mulheres;
  • Combater as mudanças climáticas;
  • Acesso à água potável e ao saneamento;
  • Melhores oportunidades de trabalho;
  • Acesso à alimentos de qualidade;
  • Educação de qualidade.
Acesse o Meu Mundo e participe.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Com pressão, funciona

TIM tenta se redimir e anuncia portal de informações ao cliente
A TIM anunciou hoje, segundo o jornal Valor Econômico, que vai disponibilizar na internet todas as informações sobre sua cobertura de rede. O cliente TIM poderá conferir onde há sinal ou não, acidentes de cobertura, áreas onde a empresa não oferece cobertura, obter outras outras informações e, inclusive, indicar um defeito na cobertura, como queda ou má qualidade do sinal.
O site, batizado de Portas Abertas (qualidade.tim.com.br), estará disponível a partir de 1º de março.
A iniciativa mostra que a pressão da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel está funcionado. Ano passado, a agência suspendeu as vendas de novos da TIM, Oi, e Claro. Nas últimas semanas sapecou multas à Oi e à Telefônica/Vivo pelo não cumprimento de metas de qualidade.
A TIM foi a operadora mais repreendida pela Anatel em 2012. É monitorar e ver se aprenderam. E esperar que as demais operadoras tomem iniciativas semelhantes.
Com informações do Valor Econômico.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Contagem melhora 124 posições em índice que mede vulnerabilidade juvenil à violência

Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou o ranking da segurança dos jovens nos maiores municípios brasileiros
Entre as 283 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, Contagem é o município mineiro que mais reduziu a vulnerabilidade juvenil à violência em 2010. Os dados constam do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (IVJ-Violência) apurado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública -  FBSP, e divulgados semana passada.
O estudo apresenta uma comparação entre os anos de 2007 e 2010. Na medição anterior, Contagem ocupava o 74º lugar no ranking nacional. Na apuração para 2010, a cidade passou a ocupar a 198ª colocação, com uma melhoria de 124 posições. Segundo o IVJ-Violência, em nossa cidade, o fator que mais pesa para a exposição dos jovens a situações de risco é a pobreza. Em seguida vêm os homicídios e o acesso à escola ou trabalho.
Entre as 283 cidades avaliadas, 29 estão em Minas Gerais. Em apenas quatro cidades (Teófilo Otoni, Governador Valadares, Ubá e Montes Claros) a vulnerabilidade dos jovens é considerada de média para alta, inexistindo municípios onde a regra seja o risco extremo. Em todas as demais, a vulnerabilidade dos jovens é considerada baixa e o estudo indica uma importante melhora do IVJ-Violência na maioria dos casos. Os destaques são, além de Contagem, Belo Horizonte, Betim e Conselheiro Lafaiete que subiram mais de 100 posições no ranking nacional.
Ainda assim, em cinco municípios a situação piorou. Eles são Varginha, Barbacena, Patos de Minas, Araguari e, especialmente, Coronel Fabriciano que recuou 98 posições em relação a 2007.
O índice também mostra que a melhoria ocorreu, de modo geral, em todo o País, possivelmente como resultado das políticas de maior proteção e inserção social dos jovens. Mas seis capitais perderam colocações no ranking: Palmas (102° cidade mais vulnerável), Rio Branco (97°), Cuiabá (75°), Macapá (56°), Porto Alegre (53º) e Maceió (12°).
O ranqueamento das cidades mineiras
O comparativo entre as cidades mineiras nas apurações para 2007 e 2010

Sobre o IVJ-Violência
O Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência é apurado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública – FBSP, a pedido da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça (MJ). Todos os indicadores foram extraídos do Censo Demográfico - IBGE – 2010, a exceção dos indicadores que compõem a dimensão “Violência entre os Jovens”, que são oriundos do trabalho do Laboratório de Análise da Violência – LAV-UERJ. A faixa etária considerada é de  12 a 29 anos, segundo definição do Ministério da Justiça.
O universo do estudo corresponde a todos os municípios do Brasil que, de acordo com o Censo Demográfico de 2010 possuíam mais de 100 mil habitantes, correspondendo a 283 localidades, com população de 104,5 milhões de habitantes, que representavam 54, 8% da população brasileira. Entre esses municípios, 20 localizam-se na Região Norte, 58 no Nordeste, 139 no Sudeste, 48 no Sul e 18
no Centro-Oeste.
Para esta edição do IVJ-V Ano Base 2010, foram replicadas as mesmas dimensões utilizadas quando da construção do IVJ-V Ano Base 2006, publicado em 2009:
1. Violência entre os Jovens (Homicídios e Acidentes de Trânsito);
2. Frequência à Escola e Situação de Emprego;
3. Pobreza no Município;
4. Desigualdade no Município.
Os municípios recebem notas que para cada um destes quesitos que variam de 0 (melhor resultado possível) a 1 (pior resultado possível) e é calculada a média geral. Funciona, portanto, como um “ranking inverso” onde quanto mais alta a nota, mais vulneráveis à violência os jovens estão expostos.
Considerações
O ranqueamento dos municípios no que se refere às políticas públicas é muito comum no Brasil. Mas é preciso ter cautela na avaliação dos dados pois os municípios são muito diferentes entre si, em termos de facilidade de acesso ao trabalho, renda per capta, e outros. A faixa etária de 12 a 29 anos também é por demais abrangente, como reconhece o próprio relatório,já que inclui crianças, adolescentes e jovens adultos. Enquanto entre jovens de 15 a 29 anos o desemprego ou formas precárias de inserção no mercado de trabalho podem contribuir para sua vulnerabilidade à violência, para as crianças com menos de 14 anos o mais importante é a condição de frequência à escola.
Acesse a matéria sobre o assunto no site do Fórum Brasileiro de Segurança Pública -  FBSP.
Baixe o relatório do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (IVJ-Violência).

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Para onde marcha o PCdoB em Minas?

Onde irá bandeirar esta bandeira?
Foto: Site Vermelho
Partido aderiu ao bloquinho Avança Minas, base de sustentação do Governo Anastasia
O PCdoB resolveu aderir ao bloco Avança Minas, também conhecido como bloquinho governista, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais - ALMG.
A opção teve em vista melhor defender os interesses dos pcdobistas na Casa. Em outros termos, mais chances de ocupar a presidência das comissões que pleiteiam.
Em resposta às especulações (naturais, diga-se de passagem) dos jornais, a direção do PCdoB de Minas Gerais divulgou nota oficial onde esclarece a questão e reafirma “sua oposição ao projeto nacional do PSDB e a materialização de sua construção no estado de Minas Gerais” que "procura interromper os avanços conquistados no Brasil nos últimos dez anos".
Tudo certo, mas tá esquisito. Como ser oposição à “materialização” da oposição federal tucana no estado sem se opor, também e objetivamente, ao governo Antônio Anastasia?
A leitura do documento não esclarece esta duvida.
Reproduzo abaixo, na íntegra, a nova oficial do PCdoB, também disponível no site Vermelho.
Acesse a noticia da adesão do PCdoB ao Avança Minas no site do jornalão Estado de Minas.
Leia a seguir nota na íntegra:
PCdoB reafirma oposição ao Projeto do PSDB e esclarece incorporação ao Bloco Avança Minas
A direção do PCdoB de Minas Gerais reafirma sua oposição ao projeto nacional do PSDB e a materialização de sua construção no estado de Minas Gerais que procura interromper os avanços conquistados no Brasil nos últimos dez anos.
Desde 2002, quando o presidente Lula tomou posse, o Partido é sujeito ativo nas transformações recentes que tem beneficiado a maioria do povo brasileiro. Junto com outras forças, o PCdoB integrou, no último pleito, a campanha da presidenta Dilma e da aliança que a apoiou em Minas.
Na disputa legislativa estadual o PCdoB participou com chapa própria. Na oportunidade, obteve 304.818 votos que lhe garantiram a eleição de dois deputados na Assembleia: Carlin Moura e Celinho do Sinttrocel. Incorporou ainda a campanha da presidenta Dilma Rousseff e das candidaturas ao governo de Minas e ao Senado que integrava esse projeto.
No início dessa legislatura, o PCdoB compôs o Bloco Parlamentar Minas Sem Censura, juntamente com o PMDB, o PT e o PRB – o que propiciou ações comuns na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) e a intervenção em importantes comissões da Casa. Entretanto, infelizmente, o Bloco se desfez e as forças políticas que o compunham não conseguiram concluir a legislatura atuando de forma unitária.
Após a vitória de Carlin Moura na Prefeitura de Contagem; tomou posse um novo deputado estadual do Partido, Mário Henrique Caixa.
No início desse novo ano legislativo, iniciaram-se os debates na Assembleia quanto a reconfiguração dos blocos parlamentares e a composição das comissões de trabalho interno. Conforme o Regimento da ALMG faz-se necessário a configuração de blocos com mínimo de 16 deputados – ou de bancadas com no mínimo de cinco deputados – para as indicações de participação nas comissões internas.
Para garantir seus espaços de atuação, democraticamente conquistados pelo voto popular, e melhor defender os interesses do povo mineiro, após longos entendimentos com todas as forças e partidos políticos da Assembleia; o PCdoB decide construir o Bloco a ser composto pelos partidos PV, PCdoB, PTB, PSB, PP, PSC, PMN, PTC. A maioria destes partidos compõe a base de apoio da presidenta Dilma Rousseff.
Os desafios políticos a serem enfrentados no estado são muitos e merecem a atenção de todos. De Minas, o PCdoB reafirma sua permanente intenção em defender e apoiar o atual Governo da Presidenta Dilma Rousseff, e sua recondução nas eleições de 2014 – buscando para tanto a unidade das amplas forças políticas comprometidas com as maiorias nacionais.
Deputada Federal Jô Moraes Presidente Estadual do PCdoB de Minas Gerais
Deputado Estadual Celinho do Sinttrocel
Deputado Estadual Mario Henrique Caixa
Minas Gerais, 20 de fevereiro de 2013.

Carlin é novo vice-Presidente da Granbel

Contagem participa pela segunda vez consecutiva da diretoria da entidade
Diretoria da Grandel eleita
para o biênio 2012/2013
Foto: PMC
Os prefeitos de Betim, Carlaile Pedrosa (PSDB), e de Contagem, Carlin Moura (PCdoB), foram eleitos, ontem, Quinta-feira (21), presidente e vice, respectivamente, da Associação dos Municípios da Grande Belo Horizonte – Granbel. Da chapa participa, ainda, a prefeita de Ribeirão Preto, Daniela Corrêa (PT).
Carlin (outra vez) sucede Marília Campos, que foi a vice presidente no biênio 2011/2012.
A chapa obteve 18 votos, contra 12 da chapa adversária encabeçada pelo prefeito Carlos Murta (PMDB), e seu vice Cassinho também do PMDB e prefeito de Nova Lima.
A continuidade de Contagem na direção da Granbel é importante. Existem graves problemas intermunicipais que precisam ser enfrentados conjuntamente, pedem ações da Granbel e estão acima de pressupostos partidários. Quanto a isso, não há dúvidas.

Governo de Minas começa a recolher assinaturas para PPP dos resíduos sólidos

Camillo Fraga Reis, da Agência RMBH,
e Carlos Murta, prefeito de Vespasiano
Foto: Gil Leonardi/SECOM-MG
Iniciativa visa atenter Política Nacional de Resíduos
A prefeitura municipal de Vespasiano assinou, no começo do mês, o Contrato de Programa da Gestão Metropolitana de Resíduos Sólidos, com a Secretaria Extraordinária de Gestão Metropolitana - Segem e a Agência de Desenvolvimento da RMBH - Agência RMBH.
A assinatura do contrato deve ser feita por todos os municípios que aderiram ao programa (inclusive Contagem). É o último passo antes da a publicação do edital de licitação para a implantação de uma Parceria Público-Privada de Gestão Metropolitana de Resíduos Sólidos Urbanos.
As negociações para a formação da PPP começaram em 2011. Em 2012, 46 prefeituras de cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte e do Colar Metropolitano assinaram convênios cedendo ao governo estadual parte da competência para dar destinação e tratar de modo adequado todo o lixo recolhido nos municípios.
Pelo convênio, caberá ao Estado arcar com 80% dos custos finais da operação, com contrapartida de 20% para as prefeituras.
O que mudará?
Os municípios continuaram a fazer a coleta do lixo, tal como acontece atualmente.
O lixo coletado será levado a uma estação de transbordo que, no caso de Contagem, deverá funcionar no Aterro Sanitário localizado no bairro Perobas.
No Aterro, o lixo será acondicionado e levado para unidades de tratamento onde parte significativa será tratada e transformada em insumos, fazendo o reaproveitamento energético.
Boa prática
A solução é inovadora e benéfica para os municípios. Para Contagem, é uma solução antecipada para o problema do Aterro no Perobas. Com área total de 60 hectares e 13 hectares destinados a área de preservação permanente, o aterro terá sua vida útil encerrada em 2019. O governo de Minas estima que o investimento total no programa deve chegar a R$ 3,2 bilhões e a meta é eliminar os chamados lixões atendendo em 100% a Política Nacional de Resíduos.

UNCCD recebe propostas para edição 2013 do Prêmio Terra para a Vida

A Convenção das Nações Unidas para Combater a Diversificação (UNCCD) está com as inscrições abertas para receber indicações de organizações da sociedade civil para a edição 2013 do seu Prêmio Terra para a Vida.
O prêmio se destina às iniciativas que garantam a saúde e a produtividade do solo tendo em vista o bem estar das gerações presentes e futuras. Os candidatos deverão demonstrar que suas práticas são reproduzíveis em grande escala e que trazem contribuições importantes à sustentabilidade social, econômica e ambiental.
Este ano, serão concedidos tês prêmios no valor total de 100 dólares (quase 200 mil reais), destinados a ampliar o alcance das iniciativas vencedoras. O prazo para inscrições conclui em 15 de março próximo e os resultados serão divulgados em junho.
A chamada do Prêmio está publicada em inglês, francês e espanhol, russo, árabe e chines.  Pra variar, infelizmente, não em português.
Mais informações e edital na página da UNCCD.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Moradores de favelas do País têm renda de R$ 56 bilhões por ano, diz estudo

Infográfico: Valor
Comunidades teriam 12 milhões de pessoas, das quais 65% já pertencem à classe média
De 2002 a 2013, a parcela de moradores de favelas que pertenciam à classe baixa encolheu de 60% para 32%, enquanto a parcela incluída na classe média cresceu de 37% para 65%. A escolaridade também média também aumentou: 35% dos habitantes passaram a ter ensino médio completo, ante 13% em 2002. O número de analfabetos caiu de 51% para 33%. No total, a média de estudos passou de quatro para seis anos.
Dados com esses estão no estudo "As favelas brasileiras, um mercado de R$ 56 bilhões", divulgado ontem (20) pelo instituto Data Favela, com apoio do Data Popular e em parceria com a Central Única de Favelas (Cufa).
O levantamento foi realizado com base em entrevistas e dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (IBGE) e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).
As favelas brasileiras, segundo o estudo, teriam uma população estimada em 12 milhões de pessoas. Esse número representaria o quinto maior Estado brasileiro, na frente do Rio Grande do Sul, que segundo o IBGE tem 10 milhões de habitantes. De acordo com o instituto, o Estado mais populoso do país é São Paulo, seguido por Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
Além disso, teriam uma renda próxima a R$ 56,1 bilhões de renda por ano, valor comparável ao Produto Interno Bruto - PIB, da Bolívia (cerca de R$ 57 bilhões).
O aumento de renda dessa parte da população também pode ser observado pela maior presença dos eletrodomésticos nos domicílios. De 2002 a 2013, o número de celulares passou de 26% para 89%; computadores com internet, de 1% para 31%; e máquina de lavar roupas, de 25% para 52%.
Outras informações pertinentes: 69% dessas populações utilizam dinheiro como forma de pagamento, 9% usam cartão de crédito de terceiros e 10%, cartão de crédito próprio. Além disso, cerca de 69% dos moradores de comunidades vão ao shopping toda a semana e 50% comem fora semanalmente. Nos próximos 12 meses, 49% pretendem comprar móveis; 36%, querem um novo eletrodoméstico; e 24% pretendem contratar serviços de TV por assinatura.
Para fazer a pesquisa, o Data Favela utilizou a definição de comunidade do IBGE: um aglomerado subnormal. Isso inclui por exemplo as favelas, comunidades carentes, mas não bairros mais pobres. Já para classe média, o instituto utilizou a definição da Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo federal, que define as família com renda média entre R$ 1.000 e R$ 4.000 como pertencentes a essa classe.
Infelizmente, a integra do estudo ainda não está disponível nem no site do Data Popular e nem no da Central Única de Favelas (Cufa).
Para registro, de acordo com os critérios do IBGE no Censo 2010, Contagem tem 45 aglomerados subnormais, ou favelas.
Matérias sobre o assunto, entre outros, podem ser lidas em: Valor, UOL, IG e Agência Brasil.

Autoridade norte-americana para a saúde aprova comercialização do primeiro olho biônico

Argus II pode ajudar quem não consegue mais absorver ou processar a luz
A autoridade de saúde dos Estados Unidos referendou na última semana o uso da primeira retina artificial em pacientes com grau avançado de retinite pigmentosa, problema genético ocular que engloba uma série de síndromes que levam à diminuição de visão e, em casos graves, à cegueira.
O aparelho, chamado Argus II, é o primeiro olho biônico a receber aprovação da FDA (Food and Drug Administration).
O olho biônico não restaura uma visão normal, mas permite que o paciente implantado, antes totalmente cego, consiga localizar objetos e detectar movimentos, melhorando sua capacidade de orientação e mobilidade.
O Argus II foi desenvolvido pela empresa californiana Second Sight Medical Products a um custo de mais de US$100 milhões e quase 20 anos de pesquisas.
O equipamento é indicado para pessoas com mais de 25 anos e seus preço está estimando em pelo menos R$ 190 mil reais.
Assista abaixo uma apresentação do Argus II produzido pela Times Cast.
Com informações da Revista Galileu.
Acesse o site da Second Sight Medical Products.

Um filme que recomendo

“Muito Além do Peso” já pode ser visto online
Dos mesmos produtores de “Criança, a Alma do Negócio”, o aclamado documentário sobre obesidade infantil “Muito Além do Peso”, dirigido por Estela Renner, já pode ser visto na íntegra pela internet.
O filme é comovente e vai fundo na discussão do drama da obesidade, apresentando o olhar de especialistas e o depoimento de pais e crianças sobre a questão da alimentação. Tido como uma das “epidemias” modernas e considerado recente na história da humanidade, o problema chama a atenção para os hábitos de consumo da sociedade atual, relacionando-os com a alta incidência de complicações de saúde e doenças precoces nos mais novos.
A produção, que conta com patrocínio do Instituto Alana, estreou em novembro de 2012 nos cinemas e foi um dos mais votados pelo público na 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Acesse o filme no site Muito Além do Peso.

Bonitinhas, mas insustentáveis

Símbolo de luxo e status, a grife italiana Prada
está no fim da fila da moda sustentável
Foto: divulgação
Grifes famosas ocupam últimos lugares em ranking de produção sustentável
Com o objetivo de estimular as marcas de alta costura a enveredarem por uma produção mais sustentável e trazer transparência aos consumidores, o Greenpeace Itália criou o ranking “Duelo da Moda”. O ranking mostra que grande parte das grifes continua utilizando produtos tóxicos que poluem as águas e couro originário de áreas desmatadas ilegalmente.
Na lista está a Alberta Ferretti, especializada em roupas da moda feminina. A grife não respondeu ao questionário da Ong,"recusando-se a compartilhar” informações sobre sua política de compra de couro e celulose e uso de produtos tóxicas na produção têxtil.
A relação inclui marcas baladas como Armani, Dior, Gucci, Louis Vuitton, Chanel, Prada e outras.
Com informações da EcoD e Revista Exame.
Acesse o ranking completo (em inglês) no site The Fashion Duel, do Greenpeace. 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Índice de crimes violentos aumenta, de novo, em Minas Gerais

Contagem está entre as cidades com os piores índices da região metropolitana
O jornal O Tempo deu destaque na edição desta segunda-feira (19) ao crescimento de 39,7% do número de crimes violentos ocorridos em Contagem na comparação entre os meses de janeiro de 2012 e janeiro de 2013.
De fato, no primeiro mês do ano passado foram cometidos na cidade 557 crimes violentos, contra 778 no primeiro mês deste ano. Os homicídios consumados cresceram ainda mais, na comparação entre os dois meses. Foram 17 assassinatos em janeiro de 2012 contra 24 em janeiro deste ano.
Estes dados são da Secretaria de Estado de Defesa Social – Seds.
A comparação entre os dois janeiros causa impacto e sensação.
Mas não reflete um problema muito mais grave.
Trata-se do gradativo crescimento das taxas mês a mês. Veja o gráfico abaixo.
Clique na imagem para ampliar
Em 2012, por exemplo, começamos o ano com os já mencionados 557 crimes considerados violentos na classificação da Seds e chegamos em dezembro com 760 registros. A diferença entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013 foi, portanto, de apenas 18 crimes a mais – crescimento de pouco mais de 2,3%.
É a história da galinha que de grão em grão enche o papo. De 2% em 2%...
Não chegamos a esse resultado de hora para outra. Não é um raio no céu azul.
Trata-se de uma escalada que vai atingindo topos cada vez altos. O aumento dos registros de ocorrências vem ocorrendo desde 2010.
Em declaração ao jornal, o chefe da Seção de Planejamento e Operações da 2ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp) da PM, major Carlos da Costa, afirmou que o combate aos crimes em Contagem é dificultado pelo fato de eles não estarem concentrados em bairros específicos. “Essa é uma característica do tráfico no município, ele é pulverizado. As quadrilhas estão migrando constantemente”, disse.
Essa explicação é simplória.
Redutos concentrados de bandidos perigosos e sedentários seriam o sonho de consumo do Capitão Nascimento. Mas isso, na vida real, é difícil de achar.
A política de segurança no estado está falhando. Resta saber por qual razão.
Com informações do jornal O Tempo.

Faltam ou não faltam médicos no Brasil?

A resposta é não. Médicos nunca foram tão numerosos, constata pesquisa “Demografia Médica no Brasil”
A Organização Mundial de Saúde – OMS, preconiza como parâmetro ideal de atenção à saúde da população a relação de pelo menos um médico para cada 1.000 habitantes. No Brasil, o número de médicos em atividade, chegou a 388.015 em outubro de 2012, segundo registros do Conselho Federal de Medicina - CFM. Com este número, chega-se à razão de 2 profissionais por grupo de 1.000 habitantes: duas vezes mais que o recomendado pela OMS.
Infográfico: Jornal O Tempo
Os médicos nunca foram tão numerosos, atesta a pesquisa “Demografia Médica no Brasil”, divulgada ontem pelo Conselho Federal de Medicina – CFM, com dados mais que atualizados.
Ao mesmo nunca foram tão fortes as desigualdades na distribuição dos profissionais entre as regiões, estados e municípios.
Por exemplo, considerados apenas os que atuam nos serviços públicos, a relação cai para 1,11 médico para cada mil habitantes. Do total de 388.015 profissionais registrados no país, apenas 215.640 médicos atuam no SUS – 55,5%.
Se consideramos a distribuição por regiões, 16 Estados, todos no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, apresentam uma relação de médicos por mil habitantes inferior a 1,5.
O Distrito Federal, por outro lado, ostenta o primeiro lugar do país com 4,09 médicos por mil habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro com 3,62, e por São Paulo, 2,64.
Com 40.425 profissionais, Minas Gerais fica em sexto lugar no ranking nacional com 2,04 profissionais a cada mil habitantes. Mas, de acordo João Batista Gomes, presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais – CRM-MG, em declaração ao jornal O tempo desta terça-feira (19), cem municípios mineiros não possuem nenhum médico. Mas Belo Horizonte tem 6,61 médicos por mil habitantes.
O oportuno estudo do CFM, juntamente com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – Cremesp, destrincha profundamente essas e outras desigualdades, apresentando dados dados e análises sobre o perfil do médico em atividade no país, com informações preciosas e inéditas que valem a pena serem conhecidas. O maior desafio para a melhoria dos serviços de saúde no país, além da vontade política (que certamente não falta à presidenta Dilma) e financiamento adequado, está numa gestão qualificada capaz de diminuir as desigualdades de concentração de médicos entre regiões e municípios, entre serviços e entre os setores público e privado da saúde.
Isso, para começo de conversa, mostra o acerto das medidas que o governo Dilma vem adotando, seja mudando os critério para abertura de cursos de medicina, seja com o Cadastro Nacional de Especialistas ou com o fortalecimento do Programa de Valorização do Profissional na Atenção Básica (Provab).
Com informações do jornal O Tempo.
Acesse neste Blog:

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Yoani Sánchez no Brasil

Em visita ao Brasil, a cubana Yoani Sánchez
aumentou seu repertório de queixas
contra persguições.
Foto: Wikipédia
Uma nota sobre a babaquice do esquerdismo, aquela doença infantil
Há algo estranho sobre Cuba. Paira sobre a velha ilha o mito de Davi e Golias.
Como transcrito no  livro de Reis, Golias era um gigante de quase 3 metros de altura e um campeão dos filisteus. Davi, ao contrario, era apenas um rapaz franzino, ungido por Samuel e devotado à causa de Israel.
Apenas com uma funda e algumas pedras, o pequeno venceu o grande e cortou-lhe a cabeça, em nome de Deus. Hosana nas alturas.
A pequena ilha enfrentou e venceu o gigante norte-americano. Sofreu e sofre o preço dessa vitória e se tornou um exemplo, uma referência, um parâmetro, um porto e um pouso. Dela sempre se há de falar com respeito e reverencia. A Cuba, imaginada, consegue ser ainda mais bonita que o amor, como sugeriu Ferreira Gullar, muitas vezes belo e quase sempre equivocado.
Mas nada disso torna Cuba um paraíso. Nada disso faz de Cuba uma Pasárgada. Nada disso torna Cuba uma democracia. Nada disso indica que, em Cuba, não há o que possa ser melhorado.
Regimes fechados são pródigos em criar heróis e mártires. Nem todos devem ser seguidos. Mas isso não os torna menos heróis nem menos mártires para quem os segue. Triste é que heróis ainda sejam necessários, conforme as palavras, creio eu, do revolucionário Tchê Guevara.
Yoani Sánchez, uma cidadã cubana que optou por viver em Cuba e lutar em Cuba, segundo seus critérios, é um exemplo disso. Com seu visto finalmente liberado pelas autoridades cubanas, avessas ao ir e vir das pessoas, virou Mulher Maravilha no Brasil graças à cumplicidade entre a direita peçonhenta e a esquerda infantil.
Bastaram umas dezenas de manifestantes furibundos gritando “traidora” e “viva a revolução!”  para abafar o pronunciamento da moça no Museu do Saber, em Feira de Santana (BA), na segunda (18). Lotado, certamente, o espaço não estava. Mas o evento virou notícia.
Parabéns a todos.

Política de cotas têm apoio de 62% da população

No Brasil, a minoria elitizada rejeita
e jamais entenderá o sistema de cotas
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Quase dois em cada três brasileiros são favoráveis, segundo o Ibope
Pesquisa realizada pelo Ibope mostra que 62% da população brasileira é a favor da política de cotas nas universidades públicas, seja para negros, pobres ou alunos da escola pública. Apenas 16%  dos entrevistados se declaram contra contra qualquer tipo de cota.
A oposição radical às cotas tende a ser maior entre brancos das classes de consumo A e B, que cursaram faculdade e, em geral, moradores das capitais e das Regiões Norte e Centro-Oeste. O apoio à política de cotas nas universidades públicas, por outro lado,  é bem mais forte entre quem estudou da 5.ª à 8.ª série, entre os emergentes da classe C, entre nordestinos e moradores de cidades do interior do País.
A partir dessa diferenciação de perfis entre os que são totalmente a favor e os totalmente contrários, os pesquisadores do Ibope concluem que a oposição vem dos que “chegaram lá” sem o “favorecimento” das cotas. Seriam talvez intrépidos vencedores que não dependem das benesses estatais.
Penso diferente.
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada –  Ipea, publicado ano passado, indica que a escolaridade dos pais dos estudantes universitários brasileiros, é relativamente alta em relação ao total da população.
O Ipea mostra que 64,6% desses estudantes têm pelo menos um genitores com ensino superior. Em 12,3% dos casos, o pai tem pós-graduação, percentual que chega a 15,4% no caso das mães. Esses dados estão no relatório “Estudo comparado sobre a juventude brasileira e chinesa – Dados preliminares do Brasil”.
Ou seja, “chegaram lá” sim, sem o beneficio das cotas mas com apoio e estímulo familiar.  A regra geral não é essa.
Esse grupo minoritário no pais tem desfrutado, em modo perpétuo, do acesso à universidade. É formado principalmente por pessoas das chamadas classes A e B de consumo. Reproduz a ideologia da elite brasileira que resiste e continuará resistindo a qualquer forma de redução das desigualdades. Não há forma de mudar a consciência deles. Será necessário mudar a própria elite nacional.
Outro destaque importante na pesquisa diz respeito à resistência quanto às cotas para negros – sempre lembrando que a identidade de cor, hoje, no Brasil, é autodeclarada.  A população tende a concordar mais com as cotas nos casos dos pobres (77%) e para os alunos das escolas públicas (77%). No caso dos negros, apenas 64% apoiam.
O mesmo ocorre entre os 5%  que não souberam responder ou que se declararam parcialmente favoráveis. Entre esses, 12%, por exemplo, defendem cotas para alunos pobres e para alunos da rede pública, mas são contrários às cotas por motivo de cor.
É outro traço da ideologia dominante, esse bem mais arraigado.
A pesquisa foi realizada pelo Ibope a pedido do jornal O Estado de S. Paulo e divulgada no domingo (17). Mas ainda não está disponível no site do instituto de pesquisas.
Acesse a matéria no Estadão.
Acesse a íntegra a pesquisa - Estudo Comparado sobre a Juventude Brasileira e Chinesa (Dados preliminares do Brasil), do Ipea.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Uma potência chamada China e uma promessa chamada Brasil

China Star: a potência que abala o mundo
Foto: Bloomberg News
Sobre novos blocos mundiais e aquilo que está por vir
Este será um post longo. Paciência.
A China se tornou, ano passado, a maior potência comercial do mundo. A soma de exportações e importações de bens pelos chineses alcançou US$ 3,87 trilhões, contra US$ 3,82 trilhões comercializados pelos EUA.
São dados oficiais dos dois países, segundo as agências de notícias.
A diferença é pequena. Mas deve aumentar nos próximos anos de acordo com a avaliação de especialistas internacionais, como o economista britânico Jim O’Neill, do Goldman Sachs Group, conhecido por ter criado a sigla Bric em referência às chamadas potências emergentes Brasil, Rússia, Índia e China.
China, a próxima super potência
O’Neill tem afirmado que a China está se tornando o parceiro bilateral mais importante de muitos países. Ele diz que, até o fim da década, a maioria países dos europeus estará mantendo mais trocas comerciais individuais com os chineses que entre si. É o caso da Alemanha. A pátria de Karl Marx deverá exportar para a pátria de Mao Tse Tung, até 2020, duas vezes mais do que vende  para a França, pátria de Asterix.
Isso ainda não faz da China a maior potência econômica mundial. A economia americana tem o dobro do tamanho da chinesa. Em 2011, o Produto Interno Bruto – PIB norte-americano alcançou US$ 15 trilhões, contra US$ 7,3 trilhões somados pelos chineses.
Mas isso também pode mudar.
Projeções da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE apontam para uma mudança radical no equilíbrio econômico mundial no próximo meio século.
A OCDE acredita que em 2030, a China e a Índia terão, juntas, economias maiores do que a soma das economias dos Estados Unidos, zona do euro e Japão. A renda per capita da China será 25% maior do que a renda atual dos EUA até 2060. São projeções endossadas por bancos como o  Morgan Stanley e o  Goldman Sachs Group.
A reação norte-americana
Os Estados Unidos e a União Europeia – UE anunciaram esses dias uma reação à ascensão chinesa. O presidente Barack Obama, Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu, e José Manuel Barroso, presidente da Comissão Europeia, afirmaram que estão comprometidos com uma relação transatlântica tendo em vista formar a maior zona de livre comércio do mundo.
Um Tratado de Livre Comércio EUA/UE é uma aposta muito boa para saírem da confusão na qual se enfiaram, com consequências para o resto do mundo, desde 2008.
A Ásia, a América Latina e a África, apesar da crise, vão se virando e têm boas perspectivas de crescimento para os próximos anos, dizem todas as agências mundiais. Já a União Europeia, luta para evitar uma recessão duradoura, enquanto os Estados Unidos patinam e seguem perdendo terreno. Há quem diga, como Immanuel Wallerstein, renomado sociólogo estadunidense, que a crise deles pode durar mais uns 40 anos.
Um bloco econômico EUA/UE?
Um Tratado de Livre Comércio EUA/UE tem um potencial imenso. Estamos falando de uma movimentação próxima a US$ 3 bilhões por dia, de metade da produção global e de quase um trilhão de dólares anuais. Estamos falando também do fim da Organização Mundial do Comércio – OMC e, provavelmente, da insolvência de todas as organizações multilaterais do mundo.
Se os EUA e a UE pactuam normas próprias envolvendo certificações e compras governamentais, o resto do mundo não terá, acredito, outra alternativa senão acatar. Afinal, são eles que ditam a moda no que se refere aos avanços científicos e tecnológicos. Nesse quesito, mudanças nos PIBs nacionais pouco importam. Hegemonia é hegemonia e ponto.
Esse processo, é claro, não será simples. Uniformizar as regras para a livre circulação acima do Equador de produtos transgênicos, fármacos,  alimentos, brinquedos, eletrônicos, e demais que tais, entre duas culturas tão diferentes como a norte-americana e a europeia, não será tarefa das mais tranquilas. Os obstáculos são gigantescos. Mas, insisto, é uma boa saída para eles. E a necessidade é sempre um estímulo – ainda mais com o fantasma de olhos puxados esmurrando a porta.
E o Brasil?
A questão é: como o Brasil ficará nessa história? Como a construção dessa nova ordem mundial que virá nos afeta?
Muitos observadores acreditam que, nos próximos 40 anos, o Brasil se tornará uma das cinco maiores potências mundiais. Mas isso depende.
Para chegar lá, precisamos manter os marcos da política desenvolvimentista inaugurada por Lula e continuada por Dilma, enfrentando os gargalos (imensos) que ainda atravancam a construção de uma infraestrutura econômica e social à altura das conquistas que obtivemos nos últimos 10 anos. A impressão que dá, à vezes, é que apenas Dilma sabe disso. A verdade, todavia, é que estamos diante a uma encruzilhada. O futuro está sendo decidido agora. Quem viver verá.
Para fechar: o Itamaraty prometeu para daqui há algumas semanas uma avaliação dos impactos do acordo transatlântico para o Brasil. Aguardemos.

My Fun City é um dos cinco melhores do mundo segundo a ONU

Software brasileiro estimula participação na gestão pública
O My Fun City (Minha cidade feliz) é um aplicativo para para celulares, tabletes e computadores em geral que permite ao usuário avaliar 11 indicadores de gestão pública relacionados a trânsito, segurança, meio ambiente, saúde, educação e bem-estar. Essas opiniões são reunidas em um banco de dados e formam um mapa da satisfação da população quanto aos serviços públicos oferecidos pelos municípios.
A ideia é interessante e se inscreve no grande rol projetos de incentivo à participação popular na gestão pública. Na visita ao site, entretanto, é impossível saber como essa participação virtual ganha eficiência e repercute junto aos órgãos de governo. Para ter acesso às opiniões dos moradores, as prefeituras precisam se cadastrar no Facebook.
De qualquer forma, o My Fun City foi recentemente consagrado como um dos cinco melhores do mundo na categoria “m-government & participation” do World Summit Mobile Awards, evento idealizado pela Organização das Nações Unidas – ONU e que indica e premia os melhores aplicativos do mundo em diversas categorias.
A criação do aplicativo foi uma iniciativa do Movimento Mais Feliz, um projeto que trabalha a felicidade como política pública e tem o apoio de organizações como a Rede Nossa São Paulo, Rede Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis, Cidade Escola Aprendiz, Catraca Livre e Museu da Pessoa.
Vale o registro.
Acesse o site My Fun City.
Acesse o site World Summit Mobile Awards.
Abaixo, video publicitário do My Fun City.
Com informações da Computerworld.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Personalismo ataca oferta de serviços na Prefeitura

Algumas coisas são realmente inacreditáveis.
Recebi, via e-mail, a imagem colada acima. Não sei informar se esse material chegou a ser impresso. Também não sei se o secretario Carlos Roberto F. Dias (Professor Carlinhos) tem conhecimento disso ou se a peça publicitária foi aprovada por quem de direito. De qualquer forma, foi publicada no Facebook.
Imaginem cada gerente, coordenador, gestor de programas e secretários capitalizando pessoalmente a oferta dos serviços oferecidos pela Prefeitura aos cidadãos e cidadãs...
Vou acreditar que foi apenas um ato de ingenuidade. E esperar que não se torne uma prática.

De novo, os médicos

Governo muda critério para abertura de cursos de medicina para privilegiar regiões menos assistidas
É fato constatado que o Brasil tem poucos médicos por mil habitantes quando comparado com outros países.
Além disso, a distribuição é muito desigual.
Enquanto no Maranhão, por exemplo, existe 0,58 médico para cada mil habitantes, no Rio de Janeiro a média de doutores por mil habitantes é de 3,44.
Esses dados são do Ministério da Saúde que, em ação conjunta com o Ministério da Educação, mudou os critérios e procedimentos para abertura de cursos de medicina no país. A partir de agora, o MEC é quem vai definir o número de vagas e os municípios onde os cursos serão abertos. O objetivo é estimular a formação e fixação de médicos em regiões onde a presença desses profissionais é escassa. Serão abertas mais vagas onde for mais necessário garantindo, inclusive, a residência médica no local.
Atualmente, as instituições federais e particulares apresentam uma proposta ao MEC para a abertura de cursos ou ampliação de vagas. Com o novo método, o ministério vai lançar editais oferecendo vagas em cidades indicadas e as instituições interessadas irão participar de uma seleção.
Para ser selecionada, a candidata deverá atender a algumas exigências, entre elas, oferecer pelo menos três programas de residência médica em especialidades definidas como prioritárias para a região e hospital com mais de 100 leitos exclusivos para o curso.
Para que universidades e faculdades com menos estrutura entrem na disputa, há possibilidade de abertura de linhas de financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A notícia foi divulgada pela Agência Brasil.

Defesa Nacional para o Século XXI - Política Internacional, Estratégia e Tecnologia Militar

Como o Brasil se prepara para os novos desafios na área militar
A questão militar tende a ocupar um espaço cada vez maior nos debates sobre a geopolítica internacional, em franco processo de mudança. Exemplo disso, é a polêmica que envolve o presidente dos EUA, Barack Obama, e o uso dos chamados “drones” (aeronaves não tripuladas) em ataques questionados por matarem civis e, inclusive cidadãos americanos, conforme amplamente noticiado pela imprensa brasileira.
Os drones são apenas um aspecto dessa problema que aponta para uma nova fase de militarização no mundo, com base nas novas tecnologias.
No Brasil, a questão militar e a discussão dos temas da defesa nacional e do papel desempenhado pelo país no ordenamento da segurança internacional permaneciam, são, de forma geral, restritas aos círculos militares e à alta cúpula do governo federal.
Por isso, a publicação Defesa Nacional para o Século XXI - Política Internacional, Estratégia e Tecnologia Militar, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, lançada ano passado, é de muito interesse.
O livro apresenta trabalhos de especialistas de diversas origens institucionais, formações profissionais e filiações teóricas e contou com o apoio e participação da Secretaria de
Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
A publicação está divida em duas partes. A primeira apresenta um panorama do problema da segurança no mundo e eventuais implicações para a defesa nacional brasileira. Na segunda parte, o eleitor encontrará informações atualizadas sobre como o Brasil tem se adaptado às mudanças do cenário internacional e se preparado para os desafios que estão porvir.
Baixe o livro Defesa Nacional para o Século XXI - Política Internacional, Estratégia e Tecnologia Militar.
Acesse o site do IPEA.

A BIC que se cuide

A caneta vibra toda vez que detecta erros
ortográficos ou de caligrafia
Fotos: Divulgação
Vem ai uma caneta que identifica erros gramaticais
É difícil saber até onde algumas invenções realmente ajudam – mesmo quando são geniais. É o caso dessa caneta que muito brevemente estará disponível no mercado. Trata-se de um dispositivo eletrônico capaz de monitorar e corrigir erros gramaticais. O foco do produto são as crianças em idade escolar. A invenção é do casal de empreendedores alemães Falk e Mandy Wolsky,  que tiveram a ideia quando perceberam que seu filho estava cometendo muitos erros ao escrever.
Chamada de Lernstift, a caneta possui sensores de movimento e pressão, um módulo Wi-Fi que transfere as transcrições para um computador, uma bateria, e o software de detecção de escrita Lernstift.
Com isso, consultar o bom e velho dicionário ou se esforçar para saber usar a acentuação, pode virar coisa do passado.
Não me esqueço, é claro, que atualmente já contamos com a muleta – muito útil – dos corretores ortográficos dos editores de textos. Mas...
O produto deve ser lançado em agosto, mas já está disponível para encomendas pelo site da Lernstift. O valor ainda não foi divulgado.
Acesse o site da Lernstift.
Abaixo um vídeo com a apresentação do produto. Em alemão.

Com informações do EcoD.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Minas Gerais tem alto potencial para geração de energia solar

CEMIG faz mapeamento do potencial de energia solar no estado
Um estudo recentemente divulgado pelo governador Antonio Anastasia mostra que mais da metade do território mineiro é adequado para a instalação centrais elétricas solares de grande porte, sejam termoelétricas ou fotovoltaicas.
O estudo foi divulgado na forma de atlas que traça um perfil do potencial de energia solar no estado, identificando as melhores regiões para implantação de empreendimentos dessa espécie. Toda a metade ocidental mineira (tenha como referência o sentido Belo Horizonte/Uberlândia) é considerada favorável.
A instalação de usinas, entretanto, precisa considerar algumas condições. As regiões típicas para a instalação de centrais solares são as regiões secas e áridas. Também deve ser levado em conta a facilidade de acesso, condições do terreno, proximidades de linhas de transmissão e de centros de
consumo, riscos de instabilidade climática e de preferencia, locais distantes das áreas urbanas e de expansão urbana ou de média e alta aptidão agrícola.
Com base nessas considerações, o estudo aponta seis regiões mais propícios em Minas Gerais. São as microrregiões de Janaúba, Januária; Pirapora e Unaí; Pirapora e Paracatu; Curvelo e Três Marias e Patrocínio e Araxá. Essas regiões também são consideradas mais promissores para o aproveitamento de energia eólica, permitindo a criação de um complexo de sistemas híbridos solar-eólicos.
O Atlas Solarimétrico de Minas Gerais oferece informações solarimétricas para todos os municípios mineiros, um ranking de regiões de maior potencial, subsídios para pesquisa e desenvolvimento tecnológico, assim como implantações de empreendimentos solares.
Trata-se de um material valioso, produzido pela CEMIG, a dona de uma das contas de luz mais caras do país. Segundo a empresa, as informações do atlas serão aprofundadas e consolidadas em um segundo volume a ser lançado no final do projeto, dentro de dois anos.
Mapa indica as regiões mineiras mais propícias
a empreendimentos de energia solar de grande porte
Fonte: Atlas Solarimétrico de Minas Gerais

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Campanha da Fraternidade será lançada no dia 13 de fevereiro

Tema desse ano é Fraternidade e Juventude
Será lançada no dia 13 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, mais uma edição da Campanha da Fraternidade, promoção anual da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB.
Esse ano o tema será “Fraternidade e Juventude”.
A ideia da CNBB é, além de buscar uma maior aproximação entre a Igreja e os jovens, é estimular a sociedade a refletir sobre as mudanças que vêm ocorrendo na atualidade e que impactam os modos de ser de todos nós. Entre essas mudanças, estão a alteração da estrutura familiar, o avanço tecnológico e a expansão das relações pela internet e a vigência de uma maior diversidade cultural.
Para a Igreja, essas transformações expressam transição que está nos levando de uma cultura estável para outra, que enfraquece e altera paradigmas e gera uma crise de sentidos.
Dai a importância, segundo a CNBB, da vida religiosa e do engajamento dos jovens na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.
A organização já liberou todos os materiais informativos sobre a campanha, inclusive em áudio e vídeo.
Os interessados podem acessar esses materiais no site da CNBB.

Nem de Marte nem de Vênus, homens e mulheres, inclusive os homossexuais, são da Terra

Pesquisa questiona senso comum
Foto da Internet
Pesquisa desfaz crença que homens e mulheres sejam completamente diferentes
Não é verdade que homens e mulheres pensam sobre seus relacionamentos de formas qualitativamente diferentes. Em um trabalho de pesquisa realizado na Universidade de Rochester (EUA) só foi possível categorizar uma pessoa como homem ou mulher de forma confiável a partir de critérios antropométricos, como peso, altura, largura dos ombros, circunferência dos braços e relação tronco/cintura. Outros casos em que homens e mulheres tipicamente caem em grupos separados são montar álbuns de fotografia da família e cosméticos (mulheres), e lutar boxe e assistir filmes pornográficos (homens).
No mais, homens e mulheres definitivamente são do mesmo planeta. A melhor evidência de que a chamada divisão de gênero Marte/Vênus não é a verdadeira fonte de atrito nas relações, segundo a pesquisa, é que "casais de gays e lésbicas têm os mesmos problemas com relação um ao outro que os casais heterossexuais. Claramente não é o sexo, mas a característica humana que causa dificuldades nos relacionamentos, concluíram.
Será?
Veja a matéria na íntegra no Diário da Saúde.