quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Terrorismo pode atingir recorde este ano

Agressões religiosas formam maioria dos eventos
Por falar em violência...
As mortes devido a atos terroristas motivados por questões religiosas pode alcançar um recorde esse ano. Apenas nos seis primeiros meses do ano houve 5.100 ataques terroristas no mundo. Nesse ritmo, 2013 deve fechar com recorde em relação ao ano passado quando foram registrados 8.500 atentados, com um total de 15.500 vítimas fatais.
Em 2012, o crescimento o número de ataques já havia sido 69% maior que em 2011, com um saldo de mordes 89% maior.
Esses números constam de relatório produzido pelo Consórcio Nacional para o Estudo do Terrorismo e Respostas ao Terrorismo (Start), da Universidade de Maryland, com financiamento do governo dos Estados Unidos. O Consórcio mantém o mais completo banco de dados não confidenciais de sobre o terrorismo no mundo, com estatísticas desde os anos de 1970.
Para os analistas do Consórcio, fora os anos 2004 e 2009, quando foi registrada queda da quantidade de ataques, os números têm crescido na última década e a tendência deve ser a de aumento das ações desse tipo nos próximos anos.
Entretanto, ao contrário das décadas passadas, as motivações religiosas passaram a ganhar proeminência, em detrimento de motivos exclusivamente políticos e outros. Entre esses outros, são arrolados a pobreza e o desemprego, especialmente entre os jovens, e as disputas e golpes no interior de sociedades com Estados frágeis, governos corruptos e ineficazes.
Nos anos 1970, os ataques estavam concentrados na Europa Ocidental por força da ação de grupos como o Exército Republicano Irlandês ou as Brigadas Vermelhas na Itália. Na década de 1980, o palco passou a ser a América Latina, no contexto da redemocratização do continente. A partir da década de 1990, os ataques terroristas de deslocaram para o Sul da Ásia, Norte da África e no Oriente Médio. No ano passado foram registrados atentados em 85 países. Mas apenas três - Paquistão , Iraque e Afeganistão – concentraram mais da metade deles (55%) e 62% das vítimas fatais. São países de maioria islâmica e as agressões ocorrem entre os sunitas e os xiitas. De acordo com o levantamento, divulgado pela CNN, seis dos sete grupos terroristas mais letais do mundo são filiados à Al Qaeda. Entre eles estão o Boko Haram da Nigéria, que tem protagonizado cenas de perseguição religiosa intensas contra cristãos do país; e o grupo Al-Shabaab, que organizou um ataque a um shopping de luxo em Nairobi, capital do Quênia, e deixou 67 mortos.
Outra diferença diz respeito ao tipo de armamento utilizado. Nos anos 1970, os ataques eram cometidos principalmente com armas de fogo. Em 2012, bombardeios e explosões foram utilizadas em 58% dos casos.
Acesse o relatório Country Reports onTerrorism 2012.