Agressões religiosas formam maioria
dos eventos
Por falar em violência...
As mortes devido a atos terroristas
motivados por questões religiosas pode alcançar um recorde esse
ano. Apenas nos seis primeiros meses do ano houve 5.100 ataques
terroristas no mundo. Nesse ritmo, 2013 deve fechar com recorde em
relação ao ano passado quando foram registrados 8.500 atentados,
com um total de 15.500 vítimas fatais.
Em 2012, o crescimento o número de
ataques já havia sido 69% maior que em 2011, com um saldo de mordes
89% maior.
Esses números constam de relatório
produzido pelo Consórcio Nacional para o Estudo do Terrorismo e
Respostas ao Terrorismo (Start), da Universidade de Maryland, com
financiamento do governo dos Estados Unidos. O Consórcio mantém o
mais completo banco de dados não confidenciais de sobre o terrorismo
no mundo, com estatísticas desde os anos de 1970.
Para os analistas do Consórcio, fora
os anos 2004 e 2009, quando foi registrada queda da quantidade de
ataques, os números têm crescido na última década e a tendência
deve ser a de aumento das ações desse tipo nos próximos anos.
Entretanto, ao contrário das décadas
passadas, as motivações religiosas passaram a ganhar proeminência,
em detrimento de motivos exclusivamente políticos e outros. Entre
esses outros, são arrolados a pobreza e o desemprego, especialmente
entre os jovens, e as disputas e golpes no interior de sociedades com
Estados frágeis, governos corruptos e ineficazes.
Nos anos 1970, os ataques estavam
concentrados na Europa Ocidental por força da ação de grupos como
o Exército Republicano Irlandês ou as Brigadas Vermelhas na Itália.
Na década de 1980, o palco passou a ser a América Latina, no
contexto da redemocratização do continente. A partir da década de
1990, os ataques terroristas de deslocaram para o Sul da Ásia, Norte
da África e no Oriente Médio. No ano passado foram registrados
atentados em 85 países. Mas apenas três - Paquistão , Iraque e
Afeganistão – concentraram mais da metade deles (55%) e 62% das
vítimas fatais. São países de maioria islâmica e as agressões
ocorrem entre os sunitas e os xiitas. De acordo com o levantamento,
divulgado pela CNN, seis dos sete grupos terroristas mais letais do
mundo são filiados à Al Qaeda. Entre eles estão o Boko Haram da
Nigéria, que tem protagonizado cenas de perseguição religiosa
intensas contra cristãos do país; e o grupo Al-Shabaab, que
organizou um ataque a um shopping de luxo em Nairobi, capital do
Quênia, e deixou 67 mortos.
Outra diferença diz respeito ao tipo
de armamento utilizado. Nos anos 1970, os ataques eram cometidos
principalmente com armas de fogo. Em 2012, bombardeios e explosões
foram utilizadas em 58% dos casos.
Acesse o relatório Country Reports onTerrorism 2012.
Acesse a matéria Terrorist attacks anddeaths hit record high, report shows, da CNN.