Estudo revela diferenças de opinião entre cinco grupos de elite na região
“Quando se tem elites, sobretudo governamentais, que pensam de maneiras diferentes, fica difícil pensar na consolidação de um processo de integração regional.” A declaração é da pesquisadora Regiane Bressan, autora de uma tese de doutorado sobre o processo de integração na América do SUl.
Regiane investigou as percepções de cinco categorias consideradas de elite: governos, partidos políticos, sindicatos, empresários e atores sociais — estes se referindo a ONGs, mídia e intelectuais. A conclusão é que há pouca consonância entre as elites nos países sul-americanos e que isto compromete o andamento da integração da região.
Como exemplo, enquanto os sindicatos (63%) e partidos políticos (60,4%) apoiam a integração regional,em grupos como o Mercado Comum do Sul (Mercosul), a Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) e a Comunidade Andina,apenas 32,5% dos empresários fazem essa opção. Eles preferem estabelecer processos de cooperação e integração com organizações externas como União Europeia, Grupo dos Sete Países Mais Desenvolvidos (G7), Brics (grupo em que estão reunidos os países emergentes Brasil, Rússia, Índia e China) e Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec).
“A integração regional não avança devido à falta de apoio, envolvimento e interesses convergentes das elites”, relata a pesquisadora.
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