domingo, 21 de outubro de 2012

Números complicam estratégia de Aécio Neves

PT venceu disputa para prefeituras nos principais colégios eleitorais mineiros
Além de ser o partido mais votado em Minas Gerais nas eleições deste ano, o PT mostrou músculos nos principais colégios eleitorais do estado. Foi o mais votado na Região Metropolitana de Belo Horizonte e também entre as seis cidades mineiras com mais de 200 mil eleitores – aquelas onde a legislação eleitoral prevê a possibilidade de segundo turno: Belo Horizonte, Betim, Contagem, Juiz de Fora,  Montes Claros, Uberlândia e Uberada. Os petistas foram mais votados ainda nas 51 cidades mineiras que concentram mais mais 50 mil eleitores e que, juntas, reúnem 7.579.880 eleitores - 50,4% do total de eleitores mineiros.
O ranqueamento dos partidos por número de votos obtidos na disputa para as prefeituras no estado e nos principais colégios eleitorais sofre um importante viés devido à concentração de eleitores na capital. Belo Horizonte, sozinha, tem mais de 12% do eleitorado de Minas. Graças aos votos conquistados em BH, o PSB é o segundo partido mais votado entre os maiores colégios eleitorais do estado. O PSDB e o PMDB têm a terceira e a quarta colocação, respectivamente.
O mesmo ocorre com o PcdoB, com virtude da votação obtida em Contagem. Os pcdobistas são o quinto partido mais votado tanto na Região Metropolitana de BH quanto entre as cidades com mais de 200 mil eleitores. Perdem essa posição, entretanto, para o DEM no universo das cidades com mais de 50 mil eleitores.
Se excluirmos a capital da contabilização dos votos, o PT mantem a primeira colocação, com mais de 1 milhão de voto, como maior partido de Minas Gerais na disputa para as prefeituras. Em segundo lugar fica o PSDB com 817.649 votos e o PMDB com 577.972 votos comparece em terceiro lugar. Os pessebistas caem do segundo para o quarto lugar com 231.980 votos, o DEM fica com a quinta posição (203.199 votos) e os pecedobistas, com apenas 168.172 ficam com a sexta vaga.
Esses resultados representam um dificultador considerável para a estratégia aecista de isolar o PT e construir uma maioria de palanques eleitorais fortes para a campanha de 2014.