Pedido de fim do bloqueio obteve 188 votos. Estados Unidos, Israel e Palau votaram contra
A Assembleia Geral da ONU aprovou hoje, com grande maioria de votos, resolução condenando o embargo comercial que os Estados Unidos impõem a Cuba faz meio século.
É a 21ª vez consecutiva que esta resolução é aprovada. A primeira ocasião ocorreu em 1992, quando contou com 59 votos a favor, três contra e 71 abstenções. Na reunião de hoje foram 188 votos a favor, três contra –Estados Unidos, Israel e Palau –, com abstenções das ilhas Micronésia e Marshall.
Além de pedir a revogação do embargo, a resolução denuncia o recrudescimento das sanções a Cuba, tais como multas aplicadas pelo governo Obama a empresas e pessoas de outros países que têm negócios com a ilha. É o caso do banco holandês “ING” multado este ano em 619 milhões de dólares por manter operações financeiras e comerciais com entidades cubanas.
De acordo com as autoridades cubanas, o bloqueio comercial imposto em fevereiro de 1962, tem causado prejuízos à economia que já excedem a cifra dos bilhões de dólares.
O ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, reiterou a disposição do governo de Cuba em avançar na normalização de suas relações com os Estados Unidos e propôs uma agenda para um diálogo bilateral.
De acordo com a redação do site OperaMundi, a representante do Brasil e do Mercosul na Assembleia Geral, Maria Luisa Ribeiro, classificou o bloqueio como um exemplo de “política obsoleta que não tem lugar na atualidade". "O embargo é contrário ao princípio da justiça e dos direitos humanos, gera carências e sofrimento a toda a população cubana, limita e retarda o progresso econômico, social e a obtenção dos objetivos de desenvolvimento do milênio.”
Confira a notícia no site da ONU.