Pesquisas mostram velho mundo dividido quanto aos direitos homossexuaisHá poucos dias, há Suprema Corte da Índia derrubou uma decisão de 2009, estabelecida por um tribunal inferior, que descriminalizava o homossexualismo naquele país. A decisão foi balde de água fria nos ânimos dos ativistas gays. Em primeiro de dezembro último, os eleitores da Croácia aprovaram uma emenda constitucional que define o casamento como uma “união de homem e mulher”. Os eleitores favoráveis à mudança na Constituição chegaram a 66% do total.
São acontecimentos preocupantes. Mostram que a vida continua complicada para gays e lésbicas no lado mais oriental do velho mundo.
O noticiário registra, por exemplo, que nos últimos anos as autoridades chinesas suspenderam concertos, concursos de beleza, ciclos de cinema e outros eventos dirigidos ao coletivo homossexual. No início do ano, uma pesquisa realizada pelo instituto Levada Center constatou que 85% dos adultos russos se opõem ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Na Polônia e Hungria, apesar 21% e 30%, respectivamente da população expressam um apoio convicto à união de homossexuais, de acordo com apuração recente realizada Reuters/Ipsos online.
Ao mesmo tempo, em maio deste ano, enquete on-line realizada pelo Instituto Francês de Opinião Pública (IFOP) apurou que em vários países da Europa Ocidental, a população é francamente favorável ao casamento e à adoção de direitos para casais do mesmo sexo. São os casos da Holanda (85%), Alemanha (74% ), Bélgica e Espanha (71%). Na Escócia, o percentual de pessoas que são a favor do casamento homossexual chegou a 61% em 2010.
Em vários países da Europa Ocidental, incluindo a França, Alemanha, Espanha e Grã-Bretanha, mais de 80% da pessoas acreditam que gays e lésbicas devem ser livres para viver suas próprias vidas como quiserem, conforme apurou o European Social Survey, de 2010. No mesmo estudo, menos de 40% dos habitantes da Croácia, Lituânia, Ucrânia e Rússia concordam com essa afirmação.
Com informações do Pew Research Center’s Religion & Public Life Project e do The Moscow Times.