Falta de dinamismo econômico afeta oferta de vagas na região, diz OIT
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) liberou na última terça (17) o relatório Panorama Laboral da América Latina e do Caribe 2013.
De acordo com o documento, a taxa de desemprego registrada na região em 2013 foi a menor de toda a série histórica: 6,3% . Apesar disso, a perda de dinamismo da economia pode complicar as coisas a partir do ano que vem. Para manter e consolidar os resultados alcançados, será necessário gerar mais 43,5 milhões de novas vagas nos próximos dez anos.
O momento é positivo porém desafiador, dizem os analistas no documento.
O documento constata que este ano a produtividade cresceu em patamares menores que a média mundial, que os salários cresceram menos que nos anos anteriores, a informalidade não se reduziu que aumentou a desocupação dos jovens nas zonas urbanas.
Outro problema é a informalidade. Existem pelo menos 130 milhões de pessoas ocupadas com trabalhos informais.
Caso a tendência não seja revertida, a expectativa é que, ano que vem, o número de desempregados na região chegue a 14,8 milhões de pessoas. Atualmente, mais da metade dos desempregados na região são mulheres: 7,7 milhões em comparação com 7,1 milhões de homens.
A OIT também estima que três em cada dez trabalhadores latino-americanos não tenham acesso aos mecanismos de proteção social.
O informe inclui ainda um panorama da economia região nos últimos 20 anos e estabelece uma comparação entre a instabilidade característica da década de 1990 e os avanços do período seguinte, interrompidos a partir de 2008 e 2009 devido à crise financeira internacional.
Em tempo: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou hoje que o desemprego brasileiro repetiu em novembro sua menor taxa histórica, de apenas 4,6% e que, ao mesmo tempo, o rendimento dos salários voltou a crescer, subindo 2,0 por cento no mês.
Acesse o relatório Panorama Laboral da América Latina e do Caribe 2013 (em espanhol).