quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Pela primeira vez, Alemanha terá mulher no comando das Forças Armadas

Ursula Von der Leyen será a primeira mulher
na história da República Federal da Alemanha
a chefiar o Ministério da Defesa
Ursula von der Leyen é luterana, conservadora e polêmica
Até onde sei, o comando das Forças Armadas é uma mercado reservado dos homens.
A Finlândia, a França e a Espanha são os únicos que, até agora, quebraram essa regra. Essa minúscula lista será aumentada pela Alemanha.
A chanceler federal alemã Angela Merkel nomeou Ursula Von der Leyen para a chefia do Ministério da Defesa e, por consequência, das Forças Armadas.
Ursula não tem carreira militar. É licenciada em economia e doutora em medicina. Ingressou na política  no estado da Baixa Saxônia onde seu pai, Ernst Albrecht, um democrata-cristão, foi governador.
Na gestão anterior de Merkel comandou o Ministério da Família e o Ministério do Trabalho. Em 2010 foi eleita vice-presidente da União Democrata Cristã (CDU).
Ficou conhecida ao defender uma cota para mulheres na diretoria de empresas alemãs e uma complementação previdenciária para pessoas com baixos rendimentos.
Essas ideias desagradaram muita gente, inclusive dentro da conservadora CDU.
De acordo com a imprensa essa foi a maior surpresa do novo governo Merkel, por dois motivos.
Apenas a partir de 2001 as mulheres passaram a ser aceitas em todos os setores das Forças Armadas do país.
Além disso, a chefia do Ministério da Defesa é um cargo muito importante e igualmente arriscado.
Entre os muitos abacaxis que precisam ser descascados está a reestruturação das Forças Armadas (em curso desde a reunificação das duas Alemanhas), negócios milionários e atrapalhados, e a retirada das tropas alemãs do Afeganistão, que deve ser concluída até 2014.
Mais mais de um ministro já foi fritado nessa brincadeira.
Ursula von der Leyen sabe que será muito observada. Se ela se sair bem, estará praticamente indicada para a sucessão de Merkel. Quem sabe, venha a integrar o restrito grupo das 29 mulheres que desde a década de 1970 foram eleitas à presidência de seus países.
Ela é luterana, casada, tem 7 filhos e 55 anos.