O jornal O Tempo Contagem, na edição
que circula a partir de hoje, trouxe entrevista com o prefeito Carlin
Moura. Leia abaixo a integra da entrevista.
Pouco tempo depois de assumir a gestão
do município, o chefe do Executivo fala sobre as expectativas, os
planos e as primeiras medidas que já foram tomadas
Quase um mês depois da posse do novo
governo, o prefeito Carlin Moura concedeu uma entrevista exclusiva a
O Tempo Contagem. Os mais variados temas foram abordados e você
confere na íntegra quais são os principais projetos do prefeito
logo no início do seu primeiro mandato.
Os moradores que ligam à redação ou
enviam cartas reclamam muito da falta de médicos e enfermeiros para
atendimento nas unidades de saúde. Qual o seu projeto nessa área
para melhorar a situação?
Em janeiro, contratamos mais médicos
para atender, emergencialmente, ao Programa Saúde da Família (PSF),
principalmente nas regiões do Nacional e do Ressaca. Outros médicos
também estão em fase de contratação. A previsão é que, até o
fim de fevereiro, teremos mais três unidades do Samu. Vamos ampliar
ainda a oferta de exames de média e alta complexidade. Estamos
trabalhando para a implantação de um Consórcio Metropolitano de
Urgência e Emergência, em parceria com as nossas cidades vizinhas
de Betim e Belo Horizonte. Entendemos que esse é um dos caminhos
para se criar uma rede de urgência e emergência que atenda à nossa
demanda reprimida e que traga bons resultados para a população.
Determinei estudos para a implantação, o mais breve possível, do
Programa Saúde nas Escolas. Também vamos inaugurar neste ano o
Centro Materno Infantil, com capacidade de atendimento de até 600
partos/mês.
Sobre a reabertura das Funecs, quantas
unidades já estão funcionando e quando estarão as 22 abertas?
No dia 1º de janeiro, assinamos o
Decreto OO1/2013, determinando a imediata reabertura da Funec. As
inscrições do processo seletivo para os cursos médio e
profissionalizante ficaram abertas até 21 de janeiro, oferecendo aos
estudantes 1.860 novas vagas. A cidade comprovou, mais uma vez, que
quer a Funec. O número de candidatos para as vagas oferecidas
superaram as nossas expectativas, com 5.305 inscrições.
Neste primeiro momento, serão abertas
13 unidades, que contemplarão todas as regionais de Contagem. No ano
que vem, pretendemos reabrir mais unidades, considerando o
planejamento e a demanda. A Funec está fazendo um estudo técnico
detalhado para conhecer as principais demandas por cursos
profissionalizantes, nas diferentes regiões da cidade, e atender à
nossa população. Também vamos trabalhar em sintonia com o Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do
Governo Federal, e o Programa de Educação Profissionalizante (PEP),
do Governo Estadual.
O senhor acha possível instalar mais
distritos industriais, o que, com certeza, iria aumentar a geração
de emprego na cidade. Como está esse setor? E o Cecon?
Nosso governo tem como foco principal o
desenvolvimento econômico. Vamos trabalhar para combater a
desindustrialização e promover o crescimento dos setores de
serviços e tecnologia. Neste primeiro mês de governo, reforçamos o
Minas Fácil, que funciona na avenida José Faria da Rocha, no antigo
prédio do Banco do Brasil, no Eldorado. Centralizamos lá os
atendimentos das secretarias de Desenvolvimento Urbano,
Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, visando agilizar os
procedimentos de liberação de alvarás e licenciamento prévio.
A Secretaria de Desenvolvimento
Econômico está focada na revitalização dos distritos industriais
existentes na cidade, como é o caso do Cinco e da Cidade Industrial
Juventino Dias, e, em parceria com empresas privadas, dará
continuidade ao processo de instalação do Centro Empresarial de
Contagem (Cecon). Contagem tem hoje o segundo maior mercado de
trabalho de Minas Gerais, ficando atrás apenas de Belo Horizonte.
Dessa forma, com a retomada dos empreendimentos na cidade, iremos
ampliar o número de postos de trabalho, aumentando o número de
empregos e a geração de renda da nossa população.
Em sua campanha, o senhor falou que,
por Contagem ser uma cidade com mais de 600 mil habitantes, já
deveria ter restaurantes populares. Quando pretende construir? Já
tem alguma informação para a população nesse sentido?
Contagem é uma cidade industrial, e os
restaurantes populares atendem tanto aos trabalhadores quanto às
pessoas com baixa renda. Em pouco tempo, o município vai contar com
restaurante popular, que vai garantir alimentação balanceada e
saudável para a nossa população. A Secretaria de Desenvolvimento
Social, por meio da equipe de Segurança Alimentar, já está
preparando o projeto, o espaço para funcionamento dos restaurantes,
a região e a infraestrutura necessária. O restaurante popular é
uma iniciativa positiva, que já deu certo nos municípios de Betim e
Belo Horizonte. Buscaremos a parceria com o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome do governo da nossa
presidenta Dilma.
O senhor recebeu apoio de mais de 20
partidos. Todos foram contemplados ou há ainda alguma insatisfação?
A composição de nosso governo está
levando em conta a capacitação técnica e, também, respeitando a
coalizão de partidos políticos que sustentou nossa campanha.
Faremos um governo de coalizão, suprapartidário, voltado para os
interesses da cidade de Contagem. Já conversamos com quase todos os
partidos que nos apoiaram, e a maioria está contemplada, uma vez que
ainda estamos montando o governo. Já nomeamos o nosso secretariado e
os administradores regionais. Ainda faltam áreas para as quais serão
feitas nomeações, mas acredito que, no fim, todos os partidos
estarão satisfeitos e em condições de nos auxiliar na gestão de
um governo comprometido com o desenvolvimento econômico e social de
Contagem.
Como está caminhando a proposta de uma
Secretaria da Pessoa com Deficiência, Mobilidade Reduzida e Idoso e
também a Secretaria de Comunicação e Transparência?
Num prazo de 90 dias, vamos apresentar
uma proposta de reforma administrativa para ser apreciada na Câmara
dos Vereadores. A reforma visa diminuir os gastos e modernizar a
gestão. Essa modernização contará com uma nova estrutura de
controle do governo, sintonizada com a nova lei de transparência.
Vamos reformular o setor de comunicação, centralizando as ações
na nova Secretaria de Comunicação e Transparência, que será
criada visando otimizar os procedimentos de informações e prestação
de contas para a sociedade. Também diminuiremos os gastos com
setores supérfluos. Os recursos provenientes dessa economia serão
canalizados para a nova Secretaria da Pessoa com Deficiência,
Mobilidade Reduzida e Idoso, que será criada para atender a essa
significativa parcela da sociedade, que terá de nossa parte uma
atenção muito especial.