quinta-feira, 13 de junho de 2013

As igrejas e os direitos sexuais e reprodutivos

CLAI divulga documentos defendendo a erradicação de toda forma de discriminação
O Conselho Latino-americano de Igrejas – CLAI, disponibilizou os documentos finais de sua 6ª Assembleia, ocorrida em Havana, no final de maio último, sob o tema “Afirmando um Ecumenismo de Gestos Concretos”.
Os documentos foram saudados por organizações religiosas progressistas, como a Católicas pelo direito de decidir, como um decidido posicionamento favorável aos direitos sexuais e direitos reprodutivos.
Em um dos trechos do documento final, a CLAI se coloca como tarefa: “Trabalhar na incidência de políticas públicas e programas encaminhados a promover os direitos humanos e a erradicação de toda forma de discriminação, em particular contra as mulheres, idosos, meio ambiente, populações indígenas e afro-descendentes, pessoas imigrantes, pessoas Lesbianas, Gays, Transexuais, Bissexuais e Inter-sexuais (LGBTT) e pessoas com deficiência”.
Além da resolução final, a CLAI liberou um guia de estudos sobre direitos sexuais e reprodutivos para igrejas e organismos ecumênicos, produzido em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas – FPNU. O principal objetivo deste material é servir como ferramenta pastoral e teológica para a reflexão, discussão sobre os direitos sexuais e reprodutivos nas igrejas.
A CLAI é formada por mais de 150 igrejas cristãs, de diversas orientações ( evangélicas, luteranas, católicas, pentecostais, etc.) na América Latina e no Caribe.
Esses documentos são uma contribuição importante num momento de recrudescimento da oposição aos direitos humanos no Brasil e no mundo.
A  defesa dos direitos sexuais e reprodutivos é essencial para se garantir a realização dos Objetivos de Desenvolvimento para o Milênio, entre eles “Melhorar a saúde materna” e “Promover a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres”.
Em todo o mundo, cerca de 222 milhões de mulheres ainda não têm acesso ao planejamento familiar.  Dos 210 milhões casos anuais de gravidez, cerca de 33 milhões não são  planejadas, o que resulta em 21.6 milhões de abortos e 27 mil mortes de mulheres.
Acesse no site Católicas pelo direito de decidir o Documento AS IGREJAS E OS DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS, da CLAI.
Baixe (em espanhol) o Guía de capacitación em Derechos Sexuales e Reproductivos para Igresias y Organismos Ecuménicos, CLAI/FPNU.