Atitude de Dilma frente aos protestos é aprovada pela população
Dilma segue favorita para 2014 |
Em plena onda de protestos pelo país,
o Instituto Datafolha divulga mais uma pesquisa sobre a popularidade
de Dilma.
É a segunda pesquisa em 20 dias.
De acordo com o Datafolha, a avaliação
positiva do governo da petista caiu 27 pontos e atingiu seu menor
patamar desde o início do mandato.
A queda foi amplamente repercutida pelo
conjunto da mídia, a começar pelo jornalão Folha de São Paulo e
pela Rede Globo.
Não deve haver qualquer dúvida. A
luta política no Brasil está atingindo graus de radicalização que
seriam impensáveis há poucos anos. E deve piorar já que a pesquisa
é muito favorável a Dilma.
O que mostra a pesquisa do Datafolha?
- Dilma continua favorita na corrida presidencial do ano que vem, ainda que, neste momento, um segundo turno seja questão líquida e certa;
- A aprovação de Dilma, mesmo com o desabamento registrado, ainda é maior que a de Lula (28%) e de FHC (13%) em seus piores momentos;
- A pesquisa indica uma forte migração das taxas de ótimo e bom para regular (e não para ruim). A parcela de brasileiros que desaprovam o governo Dilma agora é 25%, enquanto 30% aprova e 43% escolhem regular;
- A nota geral de Dilma continua boa: 5,8.
Atitude de Dilma frente aos protestos é
aprovada pela população
O Datafolha perguntou sobre o
desempenho de Dilma frente aos protestos. Para 32%, sua postura foi
ótima ou boa; 38% julgaram como regular; outros 26% avaliaram como
ruim ou péssima.
Entre os entrevistados, 68% acham que
Dilma agiu bem ao propor uma consulta popular sobre a criação de um
grupo de representantes eleitos pelo povo para propor mudanças na
Constituição. Só 19% entendem que ela agiu mal. Outros 14% não
souberam responder.
Quanto à reforma política proposta
pela presidenta, 73% afirmaram que são a favor (opiniões contrárias
somam 15%), enquanto 68% apoiam o plebiscito também proposto por
Dilma.
Situação econômica é avaliada com preocupação
De acordo com os analistas do Datafolha, a deterioração das expectativas em relação a economia são um dos fares mais importantes explicar a queda da aprovação da presidenta. A avaliação positiva da gestão econômica caiu de 49% para 27%. A expectativa de que a inflação vai aumentar continua em alta. Foi de 51% para 54%. Para 44% o desemprego vai crescer, ante 36% na pesquisa anterior. E para 38%, o poder de compra do salário vai cair – antes eram 27%.
O que concluir?
Na atual situação, seria impossível
que a popularidade de Dilma não caísse. Devido ao papel central
exercido pelo presidencialismo no Brasil, é na direção dela que
todas as baterias estão voltadas.
Dilma tentou sair do córner com as
propostas de pacto e de plebiscito e se saiu muito bem, como mostra a
aprovação dessas idéias pela população.
O que pesquisas desse tipo fazem é
tentar empurra-la de volta.
E usam para isso, como sempre, a
questão econômica enquanto, ao mesmo tempo, medem apenas e tão
somente o desgaste dela. Não apuram (pelo menos não informaram se
foi apurado) o atual prestígio dos governadores, parlamentares e
outras instituições. O mais provável é que tenha ocorrido uma
queda generalizada.
No que se refere à economia, no
período entre uma pequisa e outra, não ocorreu nenhuma piora nas
condições objetivas de vida da população. A baixa expectativa da
população é um reflexo esperado das dificuldades que economia tem
enfrentado e que o povo sente no bolso. O otimismo tem caído
gradualmente, e não houve nenhum salto abrupto nas avaliações.
Por outro lado, Dilma fica bem na foto
quando o assunto é política. É neste front que ela deve continuar
atacando.
Acesse a pesquisa no site do UOL.