Professores e professoras da rede municipal de ensino decidiram por encerrar a campanha salarial. Foto: Adriana Ferraz/Divulgação |
Em Contagem, os trabalhadores da rede municipal de ensino contentaram-se com o reajuste salarial de 5% em junho (retroativo a maio) e de 2,16% em outubro, e colocaram fim às campanha salarial.
Há quem diga, como Gustavo Olimpio, ex-diretor do SindUTE Contagem, que a proposta aceita implica em uma perda bruta de R$ 225,00 reais para os professores e R$ 100,00 reais para o quadro administrativo em relação à inflação do período.
Não me dei ao trabalho de fazer as contas.
Com a votação líquida e certa, pela Câmara dos Vereadores, do Projeto de Lei Complementar nº 003/2013, de autoria do Executivo, que estabelece jornada de 30 horas semanais para o Quadro Setorial da Educação e da Fundação de Ensino de Contagem – FUNEC, a paz deve voltar a reinar nas escolas da rede municipal.
De fato, a campanha salarial não foi bem uma prioridade do SindUTE na cidade este ano.
Em nota ao jornal O Tempo Contagem, edição de 31 de maio a 6 de junho, a diretoria do Sindicato afirma que existe, sim, insatisfação com a reposição ocorrida, mas “a categoria optou por debater outros pontos de pauta que precisam ser negociados, o principal será a discussão dos rumos pedagógicos que garantirão a qualidade do ensino e das condições de trabalho dentro das unidades”.
Tá certo. Não era assim em outros tempos. Veja-se a respeito, artigo esclarecedor no Blog do José Prata.
Na rede estadual, todavia, a situação é distinta. Pais e mães de alunos devem se preparar para uma movimentação que pode ser prolongada.
Trabalhadores e trabalhadoras em educação de Minas Gerais decidiram ir, mais uma vez, para o confronto com o Governo Estadual. Realizam greve por tempo determinado nos dias 17, 18, 22, 26 e 27 de junho e, até ordem em contrário, em 04 de julho uma nova assembleia avalia os rumos do movimento.
Não houve mudança significativa na pauta dos professores.
A categoria continua lutando pelo pagamento do Piso Salarial retroativo, descongelamento da carreira, nomeação de todos os concursados para os cargos vagos, cumprimento de hora-atividade sem o aumento da jornada de trabalho, entre outras demandas.
O governo mineiro, além de não pagar o Piso Salarial, definido em 2011 pelo Supremo Tribunal Federal e, de quebra, não investe os 25% determinados pela Constituição Federal na educação.
Acesse a matéria Servidores aceitam proposta de reajuste, no jornal O Tempo Contagem.
Acesse o artigo de Gustavo Olímpio A Primeira Luta contra Carlin - Um Balanço Necessário, no Blog do PSTU Contagem.
Acesse a matéria Melhor piso salarial de Minas. Com Marília, professores de Contagem tiveram reajustes, em oito anos, de 170% a 212%, no Blog do José Prata.
Acompanhe a movimentação dos professores da rede estadual no site do SindUTE.