Quem ri por último ri melhor, já dizia minha avó
O comentarismo sobre a suposta queda de popularidade de Dilma, de acordo com pesquisa do Instituto Datafolha publicada pelo jornal Folha de São Paulo, no domingo, foi forte. Mereceu até espaço no Fantástico.
A oposição delira.
O senador Aécio Neves, por exemplo, viu na pesquisa a revelação da “crescente fragilização do governo em razão das várias decisões equivocadas tomadas, em especial na economia”.
Já a Folha fala em “deterioração da imagem de Dilma”. É caso de rir, mas sigo o conselho de minha avó. Deixarei isso para depois da eleição do ano que vem.
Na prática, a enquete tem pouco significado. Sequer é a primeira vez que a aprovação de Dilma oscila para baixo, como disseram. Isso já havia acontecido em 2011, ainda que dentro da margem de erro da pesquisa realizada, à época, pelo Datafolha.
A alegada perda de oito pontos em popularidade na pesquisa atual assim se explica:
- O “ótimo” e “bom” migrou para seis pontos percentuais para “regular”;
- Os índices de “ruim” e “péssimo” cresceram dentro da margem de erro, que foi de 2%. Ou seja, se tá na margem de erro, pode ter oscilado para cima ou para baixo. Portanto, melhor nem considerar este indicador.
A presidenta continua melhor que seus antecessores na comparação dentro do mesmo período de mandato. Em junho de 1997, FHC somava 39% de bom e ótimo e em junho de 2006 Lula tinha 36%. Dilma tem 57%, mesmo com o tropeço.
A presidenta continua favorita para a eleição do ano que vem e se reelegeria no primeiro turno, se a votação fosse hoje.
Os analistas do Data Folha explicam que a situação da economia foi o fator determinante para o mau resultado de Dilma. Para 51% dos entrevistados, a inflação vai subir e também há pessimismo com poder de compra do salário, empregos, etc.
Se for isso, melhor tirarem o cavalo da chuva.
O IPCA (índice oficial do Governo Federal para medição das metas inflacionarias) divulgado na última sexta, dia 7), foi o menor desde junho do ano passado. Já postei aqui os bons resultados da indústria no último quadrimestre.
Tudo parece indicar que teremos um bom segundo semestre.
De qualquer forma, por mais que a oposição queira e que tente usar a economia para desgastar a imagem do Governo Federal, esta provavelmente não será a agenda que prevalecerá na próxima eleição.
O que deve empolgar corações e mentes é o salto para a frente que Dilma (muitas vezes sozinha, me parece) defende.
Frase dela que colhi esses dias: “Um dado tem de estar claro na cabeça de todo brasileiro: a força do Brasil está num determinado modelo de desenvolvimento, que combina meio ambiente com redução da desigualdade e com crescimento, competitividade e inovação”.
Podemos crescer pouco por um tempo, dentro dos parâmetros ainda aceitos do Produto Interno Bruto – PIB.
Mas, esse crescimento, por menor que seja, será com todos e na busca da modernidade contemporânea que ficaram nos devendo.
Veja a pesquisa no site da UOL.