sexta-feira, 24 de maio de 2013

Alunos e professores das escolas públicas estão mais conectados

A presença de computadores em escolas
públicas urbanas do país cresceu
Foto: Correio do Brasil
Uso de computadores e internet em sala de aula ainda é desafio
Apesar dos avanços na infraestrutura tecnológica das escolas brasileiras, o uso pedagógico do computador e da internet em atividades com os alunos em sala de aula ainda não incorporado pela escola pública no pais.
Essa informação não chega a ser nova. Em abril, divulguei os resultados da pesquisa TIC Educação 2011, realizada pelo IBOPE Inteligencia a pedido do CGI – Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).
Esse levantamento mostrou que as enquanto 88% das escolas tinham computador nos espaços da coordenação e 81% nos laboratórios de informática, apenas 38% delas disponibilizavam acesso aos alunos na biblioteca e somente 4% na sala de aula.
Nos últimos dias, novas informações do CGI e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, apontaram importantes avanços e, também, o quanto ainda falta fazer em termos educacionais.
De acordo com os dados da pesquisa Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal, divulgada pelo IBGE no último dia 16, o número de alunos da rede pública de ensino que acessam a internet praticamente triplicou em seis anos e foi de 24%, em 2005, para 70%, em 2011.
O salto é muito expressivo, embora seja ainda maior entre os alunos de escolas privadas, que passou de 82% para 96,2% no mesmo período, uma situação de quase universalização do acesso.
Ontem, quinta-feira (23), o CGI divulgou os indicadores da pesquisa “TIC Educação 2012” que, com algumas discrepâncias, confirmam que é realmente amplo o acesso tanto de professores quanto dos jovens a computadores e à internet – em médias acima do restante da população.
No caso dos professores, os números do CGI mostram um profissional da rede pública cada vez mais conectado e próximo da universalização no que ser refere à presença de computador e Internet em seu domicílio.
Além disso, cresceu a procura por computadores portáteis e por apoio para desenvolver suas habilidades no uso dessas tecnologia – ainda que essa procura ocorra via contatos informais com outros educadores.
No caso dos alunos das redes públicas, 62% possuem computador em seus domicílios e aumentou o número dos que fazem uso da internet pelo celular (44% entre alunos do ensino público e 54% no ensino privado).
A proporção de alunos que declaram ter aprendido a usar o computador e/ou a internet sozinhos, entretanto, só vai crescendo e, pela primeira vez desde 2010, aparece como a forma mais citada de aprendizado.
Mas, dentro das escolas esse quadro está ainda longe de se repetir.
Segundo a pesquisa do CGI, a média seria de apenas 21 computadores por escola (incluindo os de mesa, portáteis e tablets). Desse total, ano passado, haviam computadores instalados em 85% das salas de diretores ou coordenadores; em 66% das salas de professores ou de reuniões; em 43% das bibliotecas e, em apenas 7% das escolas, existiam computadores e internet instalados dentro de sala de aula.
Nesse quadro, não é de se admirar que o laboratório de informática continue sendo o local mais comum para utilização de computador e internet para fins educacionais.
Um sinal positivo na pesquisa do CGI é o significativo avanço de 13% para 19% das atividades realizadas com essas ferramentas dentro da sala de aula entre 2010 e 2012.
Outro dado de extrema importância: menos da metade dos professores de escolas públicas (44%) tiveram disciplinas na faculdade que estivessem voltadas ao uso do computador como ferramenta pedagógica.
Fonte: Pesquisa TIC Educação 2012
Acesse o post de abril Pesquisa analisa o uso de novas tecnologias em escolas.
Acesse a pesquisa Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal - 2011, do IBGE.
Acesse a pesquisa TIC Educação 2012.