sábado, 18 de maio de 2013

Português é 5º língua mais usada na web

Mais de 82,5 milhões de pessoas (3,9% do total)
utilizam a língua portuguesa para se comunicar
e navegar pela web.
Imagem: Wikipedia/Jeff Ogden
Avanço é resultado direto das políticas de redução da desigualdade no Brasil
Não há o que se discutir quanto à importância e necessidade de ampliar o acesso das pessoas à internet e demais meios informação e comunicação. Trata-se um imperativo desse século e condição para o desenvolvimento das pessoas e dos países.
Por isso mesmo, fiquei feliz ao saber que  língua portuguesa já é o quinto idioma mais falado na internet. Essa informação foi dada em maio pela União Internacional de Telecomunicações - UIT, com dados válidos para 2011.
Segundo a UIT, o português superou o árabe, francês e o alemão entre as línguas com o maior número de usuários navegando pela web, ficando atrás do inglês, do chinês, do espanhol e do japonês.
Essa notícia é muito relevante e diz muito sobre o que anda acontecendo no Brasil nos últimos anos.
Entre as populações mundiais que falam o português, o Brasil é disparadamente a maior, com aproximadamente 78,6% do total. Portanto, o crescimento da presença de nosso idioma na internet deriva diretamente da expansão rede no Brasil nos últimos dez anos.
Segundo a UIT, o crescimento no período entre 2000 e 2011 foi 990,1%, o quarto maior entre as dez línguas mais utilizadas na web.
Já de acordo com o levantamento Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE,
no último dia 16, quase metade da população brasileira com 10 anos ou mais de idade (46,5%) acessava a internet em 2011. Esse índice representa mais do que o dobro do percentual registrado em 2005, quando aproximadamente 21% da população haviam acessado a internet nos últimos três meses por computador ou notebook.
O avanço verificado pelo IBGE ocorreu em todas as regiões, mas com destaque para o Norte e o Nordeste que, ainda assim, continuam ostentando os menores índices de acesso do país.
Em 2005 aproximadamente 12% das populações nortista e nordestina haviam acessado a internet nos últimos três meses. No levantamento atual, esse percentual saltou para 35,4% no Norte e 34% no Nordeste. O acesso triplicou, enquanto nas demais regiões o índice, em média, "apenas" duplicou.
O atraso nesses regiões, entretanto, pode ser visto pelo percentual dos conectado: 54,2% no Sudeste, 53,1% no Centro-Oeste e 50,1% no sul.
Os estados com os menores percentuais de internautas em 2011 eram o Maranhão (24,1%), o Piauí (24,2%) e o Pará (30,7%). OS mais conectados são o Distrito Federal (DF), com  71,1%, São Paulo, com 59,5%, e o Rio de Janeiro, com 54,5%.
Esses números mostram que acontece com o acesso à internet no Brasil o mesmo que ocorre com o acesso aos demais serviços.
Tem havido uma forte redução da desigualdade que, todavia, persevera dado os descasos existentes no passado e o forte déficit que herdamos.
A redução das desigualdades pode ser vista, também, no que se refere ao acesso das mulheres. Desde 2005, o acesso à internet por mulheres vem aumentando em ritmo mais acelerado que o acesso por homens, chegando em 2011 a uma diferença residual: 46,9% de internautas do sexo masculino contra 46,1% de internautas do sexo feminino. O Ibope, também em pesquisa recente, mostrou que no Brasil praticamente metade das mães já estão conectadas à internet.
A pesquisa do IBGE mostra, na mesma linha de raciocínio, que os percentuais de internautas aumentaram em todas as classes de renda. Mas, aumentou especialmente nas de rendimento mais baixo.
No grupo sem rendimento e com até ¼ de salário mínimo, o percentual de pessoas que acessaram a internet cresceu de 3,8% em 2005 para 21,4% em 2011.
No grupo de mais de ¼ até metade do salário mínimo, ele foi de 7,8% para 30%;
No grupo de ½ a um salário, de 15,8% para 39,5%.
Observou-se, também, que, em todos os anos pesquisados, o percentual de internautas foi maior na classe de rendimento de três a cinco salários mínimos, ultrapassando, inclusive, a classe de cinco ou mais salários mínimos.
São as políticas atuais de redução da pobreza, aumento da qualidade do emprego, a melhoria do poder de compra, aumento da escolaridade e outros fatores que têm propiciado a ampliação do acesso a bens e serviços criando, efetivamente, uma democracia e um mercado de massas. Nesse processo, a assim chamada nova “classe C” tem servido como verdadeira alavanca para nossa economia.
Confira a notícia Português é 5º língua mais usada na web, no site do Estadão.
Acesse a pesquisa Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal 2011, do IBGE.