Pesquisa revela angústia e confusão
das elites oposicionistas
Essa turma não sabe o que fazer. |
A um ano e cinco meses do primeiro
turno da eleição presidencial, a confusão parece instalada entre
os grandes empresários brasileiros. De um lado, estão seus desejos.
De outro, a opinião da maioria da população, a falta de vigor da
oposição e o sucesso dos programas governamentais que beneficiaram
as empresas e, de resto, todo o país, nas três últimas gestões do Partido dos Trabalhadores.
Foi o que entendi do resultado de uma
pesquisa realizada pelo Fórum da Associação Brasileira de
Recursos Humanos – ABRH, com presidentes de 97 das 200 maiores
empresas privadas do Brasil e repercutida pelo jornal Valor Econômico
de hoje, dia 17.
Que essa elite prefere qualquer partido,
menos o PT, todos sabemos. Que qualquer desculpa servirá para que
não apoiem a reeleição de Dilma, sabemos também.
Não surpreende, portanto, que a
maioria dos executivos que comandam as grandes companhias no país
preferiram Aécio Neves (PSDB) ou o governador de Pernambuco, Eduardo
Campos (PSB). Assim, naturalmente, a insatisfação do empresariado
com o atual cenário macroeconômico é o mote para repercutir as candidaturas de ambos e enfraquecer a preferência por Dilma.
O problema é que, em primeiro lugar,
segundo a matéria, os empresários têm dificuldade para captar um
discurso de Aécio para 2014. “Não vi nada ainda que possa
sensibilizar o eleitorado, a não ser críticas ao governo”, disse
um desses executivos ao jornal. Outro acrescentou: “Acho que ele
ainda está sem discurso de candidato”. Pesa também contra o
senador a imagem de boêmio, frequentador de endereços e rodas
elegantes. “Não vejo essa vida muito condizente com a de um
presidente", disse outro entrevistado.
Essas considerações abrem a
possibilidade de Eduardo Campos crescer em preferência entre os
grandes empresários. O que fará a diferença, conforme um banqueiro
não identificado de Pernambuco, é a vontade de ser presidente.
“Eduardo quer muito e o querer é fundamental; é um diferencial
que ele tem”, diz.
Ou seja, é o campo deles dividido.
Ou seja, é o campo deles dividido.
O segundo problema é que, apesar de
não gostarem, os empresários não deixam de reconhecer os
resultados positivos de programas governamentais, incentivos fiscais
e outras medidas que têm beneficiado – e muito – suas empresas
nos últimos 10 anos, além de melhorar os empregos, a renda e o bem
estar da população.
Um exemplo, é a carga tributária.
Pesquisa semelhante feita pela ABRH realizada em agosto do ano
passado apontava um total de 71% dos entrevistados angustiados com os
custos com impostos - um dos três maiores entraves para acelerar a
competitividade. Na sondagem realizada agora, apenas 26% das
respostas indicaram essa questão como uma das maiores preocupações.
Finalmente, e por consequência, a
maioria acredita que, gostem ou não, Dilma fatura a eleição.
Essa opinião é compartilhada por 68%
dos entrevistados. Na pesquisa anterior da ABRH, mais de 60% dos empresários também
apontaram Dilma como a provável eleita no pleito de 2014.
Bom notar que o fórum da ABRH, realizado
anualmente em São Paulo, é exclusivo para presidentes de empresas.
Para 71% deles, hoje o que mais preocupa são os problemas de
infraestrutura (estradas, portos e logística. Na pesquisa anterior,
esse percentual era de 70%. Neste ponto, tenho acordo. Este é um gargalo a ser enfrentado inclusive com o forte apoio dos donos do capital.
Fonte: Valor Econômico |
Acesse a matéria completa no jornal
Valor Econômico.
A matéria também pode ser acessada
(em caso de bloqueio para não assinantes) no clipping diário do
Ministério do Planejamento.