domingo, 26 de maio de 2013

Escolaridade e sexo determinam disparidade salarial no Brasil

Cresce interesse por profissionais com nível superior e mulheres ainda ganham menos
No Brasil, o mercado empregador está cada vez mais interessado em contratar pessoas com formação universitária. E está disposto a pagar bem mais pelo trabalho delas.  É o que dizem os dados da pesquisa Estatísticas do Cadastro Central de Empresas – CEMPRE, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, divulgado na última quinta-feira (24), com informações válidas para o período 2008 a 2011.
No período analisado, de acordo com o CEMPRE, o salário salário médio do pessoal assalariado com graduação universitária é de R$ 4.135,06, contra apenas R$ 1.294,70 para quem não tem nível superior. A variação é de 219,4% em favor de quem tem alguma graduação.
Além disso, embora ainda segam minoria entre o pessoal ocupado, apenas 17,1% do total, o percentual de contratações de pessoas com esse nível de formação cresceu 8,5% na comparação com 2010. No mesmo período, o volume de contratações de pessoal sem a graduação universitária cresceu apenas 4,4%.
Os dados corroboram os debates em curso sobre a forte demanda brasileira por profissionais mais qualificados, seja em anos de estudos, em especializações e experiência vivida. Demanda que justifica a forte disposição do Governo Federal em atrair “cérebros” estrangeiros, assunto que tenho abordado neste Blog.
Homens e mulheres
Além da disparidade salarial medida por nível de escolaridade, o Cadastro mostra também ela é forte entre homens e mulheres. Em média, eles recebem 25,7% a mais que a média recebida pelas mulheres. A média salarial dos homens é de R$ 1.962,97 contra R$ 1.561,12 das mulheres.
O dado positivo é que a distância parece estar diminuindo: as taxas de aumentos salariais reais foram praticamente iguais: 2,5% para eles contra 2,4% para elas.
Empresas que melhor pagam
Administração Pública – com somente 0,4% do universo pesquisado,  respondem por 18,1% do pessoal ocupado total, 20,9% do pessoal ocupado assalariado e 30,2% dos salários e outras remunerações. São as que pagam os valores mais elevados em média: R$ 2.478,21;
Entidades sem fins lucrativos – totalizaram 9,7% das organizações pesquisadas,  respondem por 6,4% do pessoal ocupado total, 6,6% do pessoal ocupado assalariado e 6,3% dos salários pagos no ano. Ficaram em segundo lugar no quesito quem melhor paga, com R$ 1.691,09, em média;
Entidades empresariais privadas – correspondem a 89,9% do universo pesquisado e 75,5% do pessoal ocupado total; 72,4% do pessoal ocupado assalariado e são responsáveis por 63,4% dos salários e outras remunerações pagos. Mas são as que praticam os salários mensais mais baixos: em média, R$ 1.592,19.
O documento disponibiliza outras informações de interesse, tais como a distribuições por setores da economia, por regiões geográficas, porte das empresas, participação nos lucros e outras.
Acesse matéria completa no site do IBGE.
Baixe o documento Estatísticas do Cadastro Central de Empresas – CEMPRE.