O interesse na sustentabilidade ambiental cresceu nos últimos anos
Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Akatu indica que o consumidor brasileiro vem melhorando seus hábitos. Os dados são da Pesquisa Akatu 2012: Rumo à Sociedade do Bem-Estar, que entrevistou 800 pessoas com mais de 16 anos, moradores de 12 regiões metropolitanas do país e de todas as classes sociais.
A amostra é extremamente pequena, mas os resultados valem como uma possível pista de tendência de mercado.
Segundo a pesquisa, entre 2010 e 2012, por exemplo, cresceu significativamente (de 44% para 60%) o contingente de brasileiros que “ouviram falar” no termo sustentabilidade. Também aumentou muito o interesse em buscar informações sobre o tema, que passou de 14% para 24%.
No geral, entretanto, prevalece a falta de informações. Entre os 60% que “ouviram falar” em sustentabilidade, predomina um entendimento ambiental do termo (40%) ou limitado a alguns exemplos (23%), geralmente também com viés ambiental.
Apenas 12% dos que “ouviram falar” em sustentabilidade (7% do total) relacionam o termo a noções ao impacto que as atividades atuais causam às futuras gerações, ao respeito aos limites da natureza e às necessidades econômicas e sociais.
A pesquisa também indica um crescimento do senso crítico em relação à publicidade. A confiança nas publicações divulgadas pelas empresas sobre a chamada Responsabilidade Social Empresarial caiu de 13% para 8% no período investigado. Isso pode ser resultado do aumento do interesse e da compreensão do tema. O quesito sustentabilidade passou a ser mais considerado na hora de fazer escolhas tanto nos negócios quanto na política.
Neste aspecto, a pesquisa destaca cinco fatores que motivam a preferência pelas marcas: “não maltratar animais” (52%), “ter boas relações com a comunidade” (46%), “ter selos de proteção ambiental” (46%), “ajudar na redução do consumo de energia” (44%) e “ter selo de garantia de boas condições de trabalho” (43%).
Apesar de tudo isso, apenas 5% dos entrevistados declararam ter a preocupação de apenas adquirir produtos mais sustentáveis – mesmo percentual verificado na última pesquisa realizada pelo Instituto Akatu em 2010.
Com informações da Folha de São Paulo e do Instituto Akatu.
Acesse a pesquisa Akatu 2012: Rumo à Sociedade do Bem-Estar.