Governo muda critério para abertura de cursos de medicina para privilegiar regiões menos assistidas
É fato constatado que o Brasil tem poucos médicos por mil habitantes quando comparado com outros países.
Além disso, a distribuição é muito desigual.
Enquanto no Maranhão, por exemplo, existe 0,58 médico para cada mil habitantes, no Rio de Janeiro a média de doutores por mil habitantes é de 3,44.
Esses dados são do Ministério da Saúde que, em ação conjunta com o Ministério da Educação, mudou os critérios e procedimentos para abertura de cursos de medicina no país. A partir de agora, o MEC é quem vai definir o número de vagas e os municípios onde os cursos serão abertos. O objetivo é estimular a formação e fixação de médicos em regiões onde a presença desses profissionais é escassa. Serão abertas mais vagas onde for mais necessário garantindo, inclusive, a residência médica no local.
Atualmente, as instituições federais e particulares apresentam uma proposta ao MEC para a abertura de cursos ou ampliação de vagas. Com o novo método, o ministério vai lançar editais oferecendo vagas em cidades indicadas e as instituições interessadas irão participar de uma seleção.
Para ser selecionada, a candidata deverá atender a algumas exigências, entre elas, oferecer pelo menos três programas de residência médica em especialidades definidas como prioritárias para a região e hospital com mais de 100 leitos exclusivos para o curso.
Para que universidades e faculdades com menos estrutura entrem na disputa, há possibilidade de abertura de linhas de financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A notícia foi divulgada pela Agência Brasil.