Contagem está entre as cidades com os
piores índices da região metropolitana
O jornal O Tempo deu destaque na edição
desta segunda-feira (19) ao crescimento de 39,7% do número de
crimes violentos ocorridos em Contagem na comparação entre os meses
de janeiro de 2012 e janeiro de 2013.
De fato, no primeiro mês do ano
passado foram cometidos na cidade 557 crimes violentos, contra 778 no
primeiro mês deste ano. Os homicídios consumados cresceram ainda
mais, na comparação entre os dois meses. Foram 17 assassinatos em
janeiro de 2012 contra 24 em janeiro deste ano.
Estes dados são da Secretaria de
Estado de Defesa Social – Seds.
A comparação entre os dois janeiros
causa impacto e sensação.
Mas não reflete um problema muito mais
grave.
Trata-se do gradativo crescimento das
taxas mês a mês. Veja o gráfico abaixo.
Clique na imagem para ampliar |
Em 2012, por exemplo, começamos o ano
com os já mencionados 557 crimes considerados violentos na
classificação da Seds e chegamos em dezembro com 760 registros. A
diferença entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013 foi, portanto, de
apenas 18 crimes a mais – crescimento de pouco mais de 2,3%.
É a história da galinha que de grão
em grão enche o papo. De 2% em 2%...
Não chegamos a esse resultado de hora
para outra. Não é um raio no céu azul.
Trata-se de uma escalada que vai
atingindo topos cada vez altos. O aumento dos registros de
ocorrências vem ocorrendo desde 2010.
Em declaração ao jornal, o chefe da Seção de Planejamento e Operações da 2ª
Região Integrada de Segurança Pública (Risp) da PM, major Carlos
da Costa, afirmou que o combate aos crimes em Contagem é dificultado
pelo fato de eles não estarem concentrados em bairros específicos.
“Essa é uma característica do tráfico no município, ele é
pulverizado. As quadrilhas estão migrando constantemente”, disse.
Essa explicação é simplória.
Redutos concentrados de bandidos
perigosos e sedentários seriam o sonho de consumo do Capitão
Nascimento. Mas isso, na vida real, é difícil de achar.
A política de segurança no estado
está falhando. Resta saber por qual razão.
Com informações do jornal O Tempo.
Acesse o relatório da Secretaria deEstado de Defesa Social – Seds.