terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Índice de Poder Acumulado revela quem é quem no poder econômico no Brasil

Duas organizações pretendem mostrar os grupos que concentram a maior parte do poder econômico privado
Em primeiro lugar no IPA está a Telefônica,
com um poder acumulado de 187,46 bilhões de reais,
ou 9,69% do total.
Foto: REUTERS/Susana Vera/Revista Exame
Qual é a estrutura de poder econômico dos grupos privados que atuam no país? Quais são os atores que acumulam maior poder nesta estrutura, e qual a relação entre os mesmos? Qual o grau de influência desta estrutura de poder, invisível, sobre as decisões do Estado quanto ao rumo do desenvolvimento e as políticas econômicas? Como o Estado se relaciona e alimenta esta estrutura de poder e quais as contrapartidas desta relação para o bem-estar da sociedade?
Para tentar responder a essas e outras perguntas, e mostrar que o capitalismo brasileiro tem rosto, nome, sobrenome e endereço, o Instituto Mais Democracia – IMD e a Cooperativa EITA – Educação, Informação e Tecnologia para a Autogestão se juntaram para produzir o o ranking “Proprietários do Brasil”. O nome é de péssimo gosto.
Diferente dos rankings que trabalham com os maiores faturamentos, o foco dessas organizações é desvendar a rede de participações das empresas e revelar a concentração de poder por trás de cada marca. Para ranquear as empresas foi criado o Índice de Poder Acumulado - IPA.
Os dados dados utilizados na construção do índice são os fornecidos pelas próprias empresas à Comissão de Valores Mobiliários - CVM, do Governo Federal.
Apesar do nome, a iniciativa é relevante e pode ajudar a entender um pouco mais esse universo, ainda obscuro.
No menu Ranking do site do projeto, é possível acessar uma lista de empresas e conhecer a rede de relações de cada uma delas, bem como seus desdobramentos – inclusive pessoais. Eu chequei a Cemig, para testar. O resultado aparece na imagem abaixo. O núcleo da rede é a letra E grafada em vermelho.

Acesse o site do projeto Proprietários do Brasil.