terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Faltam ou não faltam médicos no Brasil?

A resposta é não. Médicos nunca foram tão numerosos, constata pesquisa “Demografia Médica no Brasil”
A Organização Mundial de Saúde – OMS, preconiza como parâmetro ideal de atenção à saúde da população a relação de pelo menos um médico para cada 1.000 habitantes. No Brasil, o número de médicos em atividade, chegou a 388.015 em outubro de 2012, segundo registros do Conselho Federal de Medicina - CFM. Com este número, chega-se à razão de 2 profissionais por grupo de 1.000 habitantes: duas vezes mais que o recomendado pela OMS.
Infográfico: Jornal O Tempo
Os médicos nunca foram tão numerosos, atesta a pesquisa “Demografia Médica no Brasil”, divulgada ontem pelo Conselho Federal de Medicina – CFM, com dados mais que atualizados.
Ao mesmo nunca foram tão fortes as desigualdades na distribuição dos profissionais entre as regiões, estados e municípios.
Por exemplo, considerados apenas os que atuam nos serviços públicos, a relação cai para 1,11 médico para cada mil habitantes. Do total de 388.015 profissionais registrados no país, apenas 215.640 médicos atuam no SUS – 55,5%.
Se consideramos a distribuição por regiões, 16 Estados, todos no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, apresentam uma relação de médicos por mil habitantes inferior a 1,5.
O Distrito Federal, por outro lado, ostenta o primeiro lugar do país com 4,09 médicos por mil habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro com 3,62, e por São Paulo, 2,64.
Com 40.425 profissionais, Minas Gerais fica em sexto lugar no ranking nacional com 2,04 profissionais a cada mil habitantes. Mas, de acordo João Batista Gomes, presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais – CRM-MG, em declaração ao jornal O tempo desta terça-feira (19), cem municípios mineiros não possuem nenhum médico. Mas Belo Horizonte tem 6,61 médicos por mil habitantes.
O oportuno estudo do CFM, juntamente com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – Cremesp, destrincha profundamente essas e outras desigualdades, apresentando dados dados e análises sobre o perfil do médico em atividade no país, com informações preciosas e inéditas que valem a pena serem conhecidas. O maior desafio para a melhoria dos serviços de saúde no país, além da vontade política (que certamente não falta à presidenta Dilma) e financiamento adequado, está numa gestão qualificada capaz de diminuir as desigualdades de concentração de médicos entre regiões e municípios, entre serviços e entre os setores público e privado da saúde.
Isso, para começo de conversa, mostra o acerto das medidas que o governo Dilma vem adotando, seja mudando os critério para abertura de cursos de medicina, seja com o Cadastro Nacional de Especialistas ou com o fortalecimento do Programa de Valorização do Profissional na Atenção Básica (Provab).
Com informações do jornal O Tempo.
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