A resposta é não. Médicos nunca
foram tão numerosos, constata pesquisa “Demografia Médica no
Brasil”
A Organização Mundial de Saúde – OMS, preconiza como parâmetro
ideal de atenção à saúde da população a relação de pelo menos um médico
para cada 1.000 habitantes. No Brasil, o número de médicos em
atividade, chegou a 388.015 em outubro de 2012, segundo registros do
Conselho Federal de Medicina - CFM. Com este número, chega-se à
razão de 2 profissionais por grupo de 1.000 habitantes: duas vezes
mais que o recomendado pela OMS.
Infográfico: Jornal O Tempo
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Os médicos nunca
foram tão numerosos, atesta a pesquisa “Demografia Médica no
Brasil”, divulgada ontem pelo Conselho Federal de Medicina – CFM,
com dados mais que atualizados.
Ao mesmo nunca
foram tão fortes as desigualdades na distribuição dos
profissionais entre as regiões, estados e municípios.
Por exemplo,
considerados apenas os que atuam nos serviços públicos, a relação
cai para 1,11 médico para cada mil habitantes. Do total de 388.015
profissionais registrados no país, apenas 215.640 médicos atuam no
SUS – 55,5%.
Se
consideramos a distribuição por regiões, 16
Estados, todos no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, apresentam uma
relação de médicos por mil habitantes inferior a 1,5.
O
Distrito Federal, por outro lado, ostenta o primeiro lugar do país
com 4,09 médicos por mil habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro com
3,62, e por São Paulo, 2,64.
Com
40.425 profissionais, Minas Gerais fica em sexto lugar no ranking
nacional com 2,04 profissionais a cada mil habitantes. Mas, de acordo
João Batista Gomes, presidente do Conselho Regional de Medicina de
Minas Gerais – CRM-MG, em declaração ao jornal O tempo desta
terça-feira (19), cem municípios mineiros não possuem nenhum
médico. Mas Belo Horizonte tem 6,61 médicos por mil habitantes.
O
oportuno estudo do CFM, juntamente com o Conselho Regional de
Medicina do Estado de São Paulo – Cremesp, destrincha
profundamente essas e outras desigualdades, apresentando dados dados
e análises sobre o perfil do médico em atividade no país, com
informações preciosas e inéditas que valem a pena serem
conhecidas. O maior desafio para a melhoria dos serviços de saúde
no país, além da vontade política (que certamente não falta à
presidenta Dilma) e financiamento adequado, está numa gestão
qualificada capaz de diminuir as desigualdades de concentração de
médicos entre regiões e municípios, entre serviços e entre os
setores público e privado da saúde.
Isso,
para começo de conversa, mostra o acerto das medidas que o governo
Dilma vem adotando, seja mudando os critério para abertura de cursos
de medicina, seja com o Cadastro Nacional de Especialistas ou com o
fortalecimento do Programa de Valorização do Profissional na
Atenção Básica (Provab).
Com
informações do jornal O Tempo.
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