Em Minas Gerais e em Contagem índice
chegou a mais de 70%
Ilustração: Ziraldo |
É isso que afirma um levantamento
realizado em parceria entre a Meritt Informacão Educacional e a
Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos voltada para
educação.
O levantamento usou como base as
respostas dadas aos questionários socioeconômicos da Prova Brasil
2011, aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), e divulgados em agosto do ano
passado.
O resultado é desnorteante. Dos
225.348 professores que responderam à questão, 101.933 (45%) leem
sempre ou quase sempre, 46.748 (21%) o fazem eventualmente e 76.667
(34%), nunca ou quase nunca.
Os professores da rede pública em
Minas Gerais não ficaram bem nesta medição. Entre os professores
que responderam ao Prova Brasil 2011, apenas 2% afirmaram ler livros
sempre ou quase sempre, contra 75% que responderam nunca ou quase
nunca. Em Contagem a coisa não foi diferente. Apenas 2% dos
professores da rede municipal declararam ler livros sempre ou quase
sempre, e 71% nunca ou quase nunca.
Bom lembrar que essa medição se
refere à leitura de livros. O levantamento aborda outros tipos de
leitura, como humor, quadrinhos, sites na internet, revistas de
divulgação científica /cultural e jornais. Nestes casos, o índice
dos hábitos de leitura cresce acentuadamente, ainda bem.
Bom lembrar ainda que os dados se
referem apenas aos que responderam ao Prova Brasil, ou seja, um
universo de 810 questionários respondidos.
Os pesquisadores acreditam que o baixo
índice de leitura de livros está relacionado ao alto custo dos livros e à
falta de bibliotecas e não a uma suposta falta de interesse. Faz
sentido e o alto índice de leitura de outros meios indica isso.
Sobre o assunto das bibliotecas postei recentemente.
A pesquisa apurou diversos aspectos da
educação, tais como proficiência dos alunos em português e
matemática, desempenho das escolas, comparação entre redes
municipais, perfil dos professores, dos diretores e outros.
Os dados estão disponíveis para
consulta pública no QEdu: Aprendizado em Foco. Os interessados podem
se cadastrar no site e passar a receber informações regulares sobre
a educação no País.
Acesse matéria sobre o assunto na AgênciaBrasil.
Acesse matéria sobre o assunto na AgênciaBrasil.
Acesse o Qedu.