Brasil faz parte de pequeno grupo que encara mudanças como mero problema ambiental
A American Security Project – ASP, é uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo avaliar assuntos que possam representar riscos para a segurança dos Estados Unidos.
Essa ONG investigou as estratégias de defesa e políticas militares de 155 países. Descobriu que em pelo menos 110 deles as mudanças climáticas são classificadas como questão de segurança.
Entre essas nações, estão todas as grandes potências militares mundiais: Estados Unidos, China, Rússia, Japão e a maior parte da Europa.
A explicação vem da disputa cada vez mais acirrada por recursos naturais. Segundo o relatório da pesquisa, publicado em março último, as autoridades militares norte-americanas acreditam que as alterações no clima “podem atuar como um catalizador para a instabilidade e para conflitos”. Já a Rússia, em sua estratégia nacional de segurança, publicada em 2009, afirma que aquecimento global terá um efeito negativo nas reservas mundiais de minerais, água e recursos biológicos.
Entre os países analisados, apenas 8% não apresentam nenhum tipo de preocupação com as mudanças climáticas, entre eles o Uruguai e o Chile. Outras 41 nações não puderam ser avaliadas por não possuírem dados disponíveis.
O Brasil faz parte do grupo de países (21% do total) que ainda encaram as mudanças climáticas apenas como um problema ambiental. A Índia também faz parte deste grupo. Na opinião dos analistas da ASP, isso ocorre porque, nesses casos, as mudanças ambientais não têm impactos evidentes sobre a segurança interna nem afetam suas relações internacionais.
Com informações do Instituto Carbono Brasil.
Acesse o relatório (em inglês) The Global Security Defense Index on Climate Change, da ASP.