Coluna Prestes, de Candido Portinari |
O Senado revogou ontem, terça-feira
(16), a cassação do mandato de senador do líder comunista Luiz
Carlos Prestes (1898-1990) e de seu suplente, Abel Chermont.
Prestes elegeu-se com 157.397 votos, a
maior votação proporcional do país até então. Antes disso,
liderou, entre 1925 e 1927, a famosa Coluna Prestes, movimento
político-militar que percorreu o interior do país pregando reformas
políticas e sociais e combatendo os governos de Arthur Bernardes e
Washington Luís. Na liderança dessa marcha ganhou o apelido de
“Cavaleiro da Esperança”.
Foi foi anistiado com a queda do Estado
Novo e na Assembleia Constituinte de 1946, liderou uma bancada de 14
comunistas, que incluía nomes como Carlos Marighela, João Amazonas
e Jorge Amado.
Com a cassação do registro do Partido
Comunista do Brasil em 1948, a Câmara e o Senado decidiram cassar
também os mandatos dos parlamentares do partido.
Com o golpe militar de 1964, Prestes
refugiou-se na antiga União Soviética e só voltou ao Brasil em
1979, com a Lei da Anistia.
Na volta ao Brasil, afastou-se do PCB e
ingressou no Partido Democrático Trabalhista – PDT, então
dirigido pelo falecido Leonel Brizola.