terça-feira, 18 de setembro de 2012

Quais atributos dos candidatos mais agradam ao eleitor?

Estudo do IBOPE mostra o que o eleitor pesa a favor ou contra na hora de votar
O IBOPE Inteligência realizou, em 2011, uma pesquisa para avaliar quais atributos mais agradam ao eleitor na hora de escolher um candidato. Os resultados foram divulgados este mês.
O estudo analisou aspectos como a experiência política, características pessoais da imagem do candidato e da sua personalidade, características políticas, apoios políticos e continuidade. Para a medição, foi simulada uma disputa para a prefeitura de São Paulo.
O desenho do candidato ideal para a população, segundo o estudo, é o seguinte:


Esta tabela é motivo de orgulho, e esperançosa especialmente porque se trata da capital paulista.
Chamou minha atenção, entretanto, dois quesitos da pesquisa: a continuidade – que muito nos interessa, e os apoios políticos, considerado o uso abusivo que andam fazendo da imagem da presidenta Dilma na propaganda eleitoral.
No que se refere à continuidade, a pesquisa revela que o eleitorado, pelo menos o paulista, não valoriza de igual maneira as hipóteses “continuar” e “não continuar”.  A característica de “dar continuidade” impactaria 0% na intenção de voto. Por outro lado, “não dar continuidade ao trabalho” tiraria 39% dos possíveis eleitores do postulante. O eleitor não é bobo. Portanto, o melhor é dar continuidade. Por outro lado, “ter visão de futuro” é uma característica vista como positiva e que elevaria as intenções de voto em 33%.
No resumo da obra, neste quesito, o que importa é continuar, fazer mais e fazer melhor. Com tudo o que há para continuar em Contagem, com a aprovação que a prefeita Marília tem e com o muito que ainda há pra fazer, vamos mais que bem neste quesito.
Em relação ao apoio político, a pesquisa confirma tese que já defendi aqui e que repito: “as disputas municipais são resolvidas no âmbito dos dilemas municipais” (ver PT e PSDB dividem o favoritismo no "clube do 2º turno"). O peso do “apoio do Presidente do País” alavancaria as intenções de voto em apenas 4%. É importante sim, mas secundário. Adeus ilusões.
O estudo tem um caráter pioneiro, como reconhecem os autores, e precisa ser aprofundado por novas análises. Mas sugere pistas importantes para entender muita coisa.
A matéria original pode ser vista no site do IBOPE. Clicando aqui, você acessa o relatório da pesquisa, muito técnico, mas valioso.